Foi eleita em Setembro de 2021. O que a motivou a candidatar-se?
O gosto e a vontade de continuar ligada à modalidade. Após terminar a carreira como atleta, a Associação de Andebol de Leiria ficou sem direcção. Na altura, esse não era um objectivo a curto prazo. Queria entrar no associativismo, mas por via do desenvolvimento de um clube. Mas vendo que o andebol em geral precisava, e que eu poderia contribuir, lancei-me no desafio da associação e formámos uma lista.
Que balanço pode já fazer?
Um grande desafio. Sabíamos que não seria fácil e que tínhamos muito trabalho pela frente. Só é possível estar no associativismo com grande paixão pela modalidade. Mas o balanço é positivo. Gostaríamos sempre de conseguir ter feito mais até aqui. Mas muitas vezes os resultados não se conseguem obter num mês, nem em dois, nem num ano. É um processo que vai evoluindo e é esse o nosso caminho. Planear ao máximo, para termos frutos daqui a algum tempo.
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Que objectivos estabeleceram inicialmente?
Nós vínhamos da pandemia e o nosso principal objectivo era potenciar ao máximo as actividades e aproximarmo-nos o mais possível dos clubes. Os nossos órgãos sociais têm a vantagem de ter um pouco de cada zona geográfica do distrito, o que é uma mais-valia. Enquanto direcção queríamos envolver o máximo de localizações geográficas e de agentes com ligações a clubes e com paixão pelo andebol.
Esses objectivos estão a ser cumpridos?
Sim, a maioria dos clubes voltou à actividade. E temos conseguido aproximar a associação dos clubes. Havia sempre dificuldade em ter a presença dos clubes nas reuniões e assembleias-gerais. Procurámos ser nós a ir ao encontro dos clubes, perceber como estavam, os desafios de cada um, como tinham sofrido com a pandemia, em que podíamos ajudar.
Quais são as principais prioridades até ao término do mandato?
Aumentar os clubes e os praticantes, bem como os quadros de arbitragem. Temos grandes referências de Leiria na arbitragem nacional e internacional, e queremos que essa imagem continue. Vamos trabalhar para aumentar os nossos quadros, queremos que Leiria seja uma referência. O crescimento de árbitros passa muito por irmos aos clubes pedir cooperação para conseguirmos formandos, e depois dar-lhes um acompanhamento contínuo. Durante vários anos é possível ser árbitro e atleta. Nem todos os que praticam andebol têm de ser atletas de topo. Poderão ser grandes árbitros. Actualmente temos apenas 16 árbitros inscritos, o que é muito pouco para a delegação de competências de provas que já temos. Temos um número que pretendemos atingir e que, por enquanto, está “guardado”.
Integraram agora nos vossos quadros um árbitro com autismo. A inclusão é também uma preocupação?
Sim, um dos nossos objectivos é criar uma equipa de andebol adaptado. Temos andebol em cadeira de rodas, no âmbito do “Andebol 4 All”, mas também queremos uma equipa de andebol adaptado e em breve vamos dar início. A inclusão do António Rolla, que nos foi apresentado pela sua psicóloga, é o primeiro passo para darmos seguimento a esse objectivo. O Cister SA já tem uma equipa de andebol adaptado, e queremos ter também em Leiria. A psicóloga do António será uma das mentoras desse projecto e já tem alguns pacientes que poderão participar.