A história dos automóveis IPA, construídos em Porto de Mós, é uma das mais curiosas do mundo automóvel nacional do século XX e vai ser recordada no livro “IPA Os Automóveis de Porto de Mós”, apresentado no sábado, dia 14, às 16 horas, em Porto de Mós.
O protótipo e os dois exemplares de produção foram cedidos ao Município de Porto de Mós pela família Charters Monteiro, estando em exposição permanente no edifício da Central das Artes, onde será feita a apresentação do livro.
“O IPA é o primeiro de uma génese que inicia com o Lusito, veículo com rodas de moto e um motor a dois tempos com 125 cc, desenvolvido por António Gonçalves Batista, na Malveira”, explica o autor da obra, José Barros Rodrigues, salientando que este tipo de automóveis, muito rudimentares e de baixo custo, eram muito comuns em toda a Europa, em especial no pós-guerra.
A história do encontro seminal entre o visionário criador do Lusito e Monteiro da Conceição, que haveria de resultar na criação da marca IPA é bem conhecida em Porto de Mós e foi recordada pelo Museu do Caramulo.
Em 1954, António Gonçalves Batista passeava na zona do Chão da Feira, em plena EN1, o protótipo do seu Lusito, quando sofreu uma “pane”, junto à oficina de metalomecânica de Monteiro da Conceição, que foi chamado a ajudar. “Viu ali uma oportunidade e propôs imediatamente uma sociedade ao criador daquele carro