Sete décadas de actividade da Normax foram um forte motivo para celebrar entre colaboradores, clientes e parceiros. A efeméride decorreu na semana passada e a ocasião serviu de mote para a fabricante de vidros científicos, da Marinha Grande, divulgar a renovação que tem vindo a fazer em matéria de investigação e desenvolvimento para a inovação.
Joaquim Gomes, um dos administradores da Normax, recorda que a empresa, nas actuais instalações, foi constituída há 50 anos, embora tenha tido início 20 antes, em nome individual, pela mão do seu pai, Joaquim Manuel Gomes. A Normax sempre se dedicou à produção de vidro científico e desde cedo começou a internacionalizar-se com exportação para [LER_MAIS]as ex-colónias portuguesas e também para o Brasil.
Actualmente, a empresa emprega cerca de 90 colaboradores e exporta aproximadamente 80% do que produz para mais de 50 países de todos os continentes, sobretudo para o mercado europeu.
Joaquim Gomes refere que a Normax terminou 2023 com um volume de negócios na ordem dos 7,4 milhões de euros, “sempre numa lógica de crescimento sustentado”. Para o sucesso da empresa tem contribuído a constante aposta em novas tecnologias. “Fizemos uma alteração de layout fabril. Estamos a mudar tecnologias, a localização do produto e a investir fortemente naqueles que são os nossos produtos mais importantes. Adaptámo-nos à Indústria 4.0 com a introdução de alguns robots”, salienta o administrador.
O futuro passará por incorporar “tecnologia, aumentar produção e focar nos produtos mais fortes da Normax”, resume Joaquim Gomes. A presença da terceira geração na empresa também oferece mais tranquilidade na passagem de testemunho, acrescenta.
Ainda assim, Joaquim Gomes realça que este continua a ser um sector de actividade com uma grande componente manual. “Tanto quanto sabemos, há processos de transformação que são impossíveis de automatizar”.
Além do elevado preço da energia, o empresário refere que outro constrangimento é o acesso a matéria-prima, porque em todo o mundo são poucos os fabricantes. “Na Europa existe apenas um fabricante e mais um ou dois na Ásia.”
E porque existem poucas empresas a fabricar este tipo de peças, não existe mercado de tecnologia. “Praticamente todas as nossas máquinas foram inventadas e construídas por nós”, observa Joaquim Gomes.