“Esta freguesia é das mais dinâmicas do ponto de vista económico do nosso concelho, é um coração industrial. É a freguesia mais dinâmica em termos de atracção de investimento actualmente”, salientava Gonçalo Lopes, durante a última reunião de Câmara de Leiria, que decorreu na Freguesia da Maceira.
O presidente do município mostrava-se satisfeito com a dinâmica deste território, caracterizado pela quantidade e heterogeneidade dos negócios nele instalados, anunciando a chegada de mais duas empresas internacionais. Ao que o nosso jornal apurou, serão ambas empresas sediadas na China.
Além da “transformação da fábrica da cimenteira [adaptação à utilização de hidrogénio verde], que vai ser um investimento colossal, que vai ter benefícios para a empresa em termos produtividade e ambientais e garante o seu futuro”, o autarca referia dois grandes investimentos estrangeiros. “Temos um projecto internacional de investimento numa fábrica que fechou, que fica no limite do concelho, que vai ser transformada numa das maiores fábricas de embalagem de produtos de cosméticos, que vai servir as principais empresas de cosméticos da Europa como a L’Oreal”.
E temos outra empresa estrangeira que se quer instalar na Maceira. Gonçalo Lopes referia-se à Tederic, empresa chinesa, que tem vindo a ser representada pela Inautom, da Batalha, e que pretende abrir instalações próprias, a primeira unidade fabril fora do território chinês, na freguesia da Maceira.
Investimento de 15 milhões
Jorge Júlio, CEO da Inautom (empresa dedicada à comercialização de máquinas para indústria de moldes e metalomecânica, bem como ao desenvolvimento de sistemas de robótica), explica que a unidade da Batalha continuará a ser parceira da Tederic neste projecto ambicioso, que já iniciou com a fase de intercâmbio e formação de recursos humanos.
Em causa está a constituição de uma empresa com 18 mil metros quadrados, uma linha de montagem onde serão concebidas máquinas totalmente eléctricas, cuja incorporação será repartida entre em Portugal e outros pontos da Europa. A ideia é que a unidade venha a criar, no mínimo, 50 postos de trabalho, e esteja a funcionar dentro de dois anos.
Só entre aquisição de terreno e construção da infra-estrutura, está previsto um investimento de cerca de 15 milhões euros.
Ao nosso jornal, também Luís Prata, presidente da Junta da Maceira, se mostra satisfeito pela forte dinâmica da freguesia, onde haverá mais de uma centena de indústrias, desde moldes, plásticos, metalomecânica, carpintaria, cimento, fundição injectada, entre outras. Mesmo não tendo uma zona industrial propriamente dita, conta com vários pólos de empresas espalhados pelo território.
A falta de uma zona industrial devidamente infra-estruturada tem até levado várias unidades nascidas na Maceira a transferir-se para outros concelhos. “Foi o caso da Erofio, que agora está na Batalha, ou da Tecfil, que se instalou na Marinha Grande”, exemplifica.
Do seu ponto de vista, a zona da Cerca tem terrenos privados onde uma zona industrial teria potencial para se desenvolver, onde os acessos são bons e goza de proximidade da Marinha Grande, constata Luís Prata.