Em Março do ano passado, Irina Rodrigues conquistou a medalha de bronze na Taça da Europa de Lançamentos de Inverno com um novo recorde pessoal. Os 63,25 metros a que lançou o disco eram suficientes para garantir um lugar no voo internacional com destino ao aeroporto do Galeão, só que foram alcançados cedo demais.
O período para fazer marca de qualificação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro só começaria um pouco mais de um mês depois. O tempo passou, passou, e a atleta esteve por três vezes a menos de um metro de conseguir os 61 pretendidos, mas o resultado não saiu. Até sábado. E com estrondo.
Nas Jornadas de Lançamentos, competição que decorreu em Leiria, a atleta do Sporting não fez a coisa por menos e superou os 61 metros em nada menos do que cinco ocasiões.Ao quinto ensaio esmerou-se e bateu o recorde pessoal, precisamente um ano depois, por uns expressivos 71 centímetros (63,96 metros).
Irina Rodrigues sabia que o mínimo olímpico podia aparecer a qualquer altura, mas faltava o clique.“A marca não estava a sair, mas estava a treinar bem e tinha a noção de que estava a valer o resultado”, sublinhou a estudante de Medicina.
Irina contava fazer a marca de qualificação na primeira prova da temporada”, a 20 de Fevereiro. “Não ter conseguido foi um choque”, admitiu.
O que teve então o dia 5 de Março de diferente dos outros? Menos stress. Estava prevista chuva e como não se dá bem nessas condições, “não estava à espera” de fazer um grande resultado.
Redefiniu objectivos, tentando “arranjar motivação” dentro de condições existentes. “Fui para a prova sem pressão. Cumpri as minhas rotinas habituais, como almoçar cedo e chegar com antecedência ao local. Vi que estava um vento muito bom, mas tentei não me focar na marca, até para não criar expectativas. Foi o que fez a diferença.”
Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.