Um laboratório do sono e uma unidade de pneumologia de intervenção constituem a unidade funcional pulmonar, que irá abrir no Hospital de Santo André, que integra o Centro Hospitalar de Leiria. O anuncio foi feito hoje pelo director do serviço de Pneumologia, Salvato Feijó, durante as I Jornadas de Patologia Respiratória de Leiria.
“Vamos ter uma unidade funcional pulmonar, que terá consulta [pneumologia], fisiopatologia e um hospital de dia para doentes respiratórios, ou seja, doentes que fazem ventilação não invasiva em patologias de insuficiência respiratória do sono”, explicou o director do serviço de Pneumologia à margem das jornadas.
Salvato Feijó sublinhou ainda que a unidade terá também um “laboratório do sono, com dois quartos, para fazer estudos polissonográficos diários”.
“Acabámos de fazer a admissão de dois cardiopneumologistas, com formação consistente em sono, para fazermos também estudos de sono domiciliários, que prevemos serem entre quatro a cinco diariamente”, acrescentou.
Segundo o pneumologista a unidade terá ainda uma “estrutura tipo comboio-diagnóstico”. Ou seja, “o doente entra numa carruagem é visto na consulta, passa à consulta seguinte, onde faz a avaliação funcional respiratória”. Depois “passa à carruagem seguinte e tem um hospital de dia para aferições de oxigénio, de cartão, de adesão ao ventilador e todos outros exames”.
“No hospital de dia também pode fazer todos os testes de imunoalergologia e a administração de 'vacinas'. Depois tem o laboratório de sono e a unidade de pneumologia de intervenção, de endoscopia e de técnicas, o que faz com que o doente chegue ao fim das carruagens, em princípio, com o diagnóstico feito e com o encaminhamento terapêutico”, explicou.
Salvato Feijó referiu ainda que o serviço terá um serviço de internamento, “dois pisos acima”, para que os doentes não tenham de percorrer “longos corredores”, o que para “os doentes insuficientes respiratórios representa um esforço”.
O director do serviço informou ainda que a unidade funcional pulmonar já está construída, aguardando-se pelo mobiliário e electromedicina.
“A nossa perspectiva é que a partir de 1 de Maio já estaremos em funcionamento quase próximo do total. Os equipamentos que virão progressivamente completarão o serviço até à primeira metade do ano”, rematou.