Estavam no hotel, a tomar o pequeno almoço, quando souberam dos atentados no aeroporto de Bruxelas. Já não saíram.
Os 22 alunos (acompanhados por três professoras e um profissional de informação turística) do Colégio Senhor do Milagres, de Leiria, que estão desde sábado na capital belga em visita de estudo, passaram toda a manhã na unidade hoteleira, onde vão ficar também toda a tarde.
Para hoje, o grupo tinha na agenda uma visita ao Parlamento Europeu, pelo que devia sair do hotel às 9:30 (hora local), recorrendo ao metro para se deslocar. O que não chegou a acontecer.
“Passámos toda a manhã nos quartos. Quem estava na sala de refeições, virada para a rua, foi mesmo aconselhado a sair e a terminar o pequeno-almoço no quarto”, explica Nelson Mendes.
O profissional de informação turística conta que a jovem portuguesa ferida na explosão na estação de metro de Maelbeek (que fica no bairro das instituições europeias) era quem devia acolher o grupo de alunos do concelho de Leiria no Parlamento Europeu, antes da visita ao hemiciclo e do encontro com o eurodeputado Carlos Zorrinho.
A meio da manhã Nelson Mendes saiu da unidade hoteleira, situada junto ao Palácio de Justiça da capital belga, para perceber o ambiente nas ruas e testemunhou uma cidade “deserta”. “Todo o país, e não apenas Bruxelas, está no nível de alerta quatro, o máximo”.
Por volta das 13 horas, o grupo de alunos saiu do hotel para ir a um estabelecimento do outro lado da rua comprar comida para o almoço.
A tarde vai ser passada na unidade hoteleira, tendo sido canceladas todas as actividades previstas (visitas aos museus da banda desenhada e do chocolate). O regresso a Portugal, marcado para hoje à noite, terá de ser adiado.
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