Elsa Leitão, presidente do Conselho de Administração (CA) da Supercoop – Cooperativa de Solidariedade Social, que gere a creche e jardim de infância Superninho, em Parceiros, é suspeita de ter utilizado cerca de 120 mil euros da instituição para compras pessoais. O Ministério Público já recebeu uma queixa e a Polícia Judiciária está a investigar o caso, tendo já ouvido algumas funcionárias.
No domingo, os cooperadores vão votar o afastamento da mulher e do seu marido, Gil Silva, também membro do CA. Numa convocatória afixada na sede lê-se que a Assembleia Geral Extraordinária tem como pontos a “apreciação, discussão e votação de proposta a autorizar a cooperativa a demandar” estas duas pessoas “por actos praticados no exercício das suas funções que prejudicaram de forma grave a cooperativa”. Será também apreciada a “suspensão imediata” dos dois, com “instauração de processo destinado à eventual destituição da presidente” e do “vogal”, assim como a instauração de “procedimentos disciplinares”.
Segundo o JORNAL DE LEIRIA apurou, Elsa Leitão terá utilizado o dinheiro da Supercoop para fazer várias compras, como bijuteria, roupas, sapatos, lingerie, assim como para pagar férias e para reparações em casa. Só num centro comercial de Lisboa, a mulher terá gastado cerca de 47 mil euros.
Elsa Leitão é suspeita de peculato e falsificação de facturas. De acordo com algumas informações, a presidente faria compras em nome da Supercoop e pagava com o seu cartão pessoal. Depois assinava um cheque da instituição para si para ser ressarcida dos gastos.
As suspeitas indiciam que a mulher alteraria algumas facturas quer no valor quer no próprio cabeçalho da entidade emitente, de modo a esconder os bens adquiridos fazendo passá-los por outros. A situação terá sido espoletada pelo novo contabilista.
Os pais estão preocupados, mas garantem confiar plenamente nas educadoras que cuidam dos seus filhos.
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