Luís Lourenço, um dos dois detidos no âmbito da Operação Inovar ficou em prisão preventiva, após o primeiro interrogatório no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, informa o Departamento Central Investigação e Acção Penal (DCIAP) na sua página oficial.
Na nota divulgada online, o DCIAP adiantou que os dois detidos pela Polícia Judiciária na semana passada por suspeita de fraude na obtenção de subsídio, desvio de subsídio e falsificação de documentos no âmbito de uma investigação relacionada com os apoios comunitários do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), foram presentes ao juiz de instrução criminal.
Após o primeiro interrogatório, o juiz "decidiu aplicar a um dos arguidos, advogado de profissão, as medidas de coacção de prisão preventiva e de proibição de contactos". Luís Lourenço, responsável pela Silora, vai, assim, aguardar o desenrolar da investigação na prisão.
A segunda arguida, consultora, também detida na operação, "ficou, igualmente, sujeita a proibição de contactos e também às medidas de coacção de suspensão de exercício de profissão que lhe permita o acesso a subsídios e de proibição de frequentar a sede ou estabelecimento das sociedades onde exerceu a actividade".
"Neste inquérito, dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, investigam-se factos susceptíveis de integrarem os crimes de fraude na obtenção de subsídio, branqueamento e falsificação de documento", refere ainda o DCIAP.
Em causa estão suspeitas de "criação artificial de custos para suportar uma obtenção fraudulenta de subsídios sustentados por um fundo comunitário e também pelo orçamento nacional, no âmbito de um sistema de incentivos à inovação produtiva".
Neste momento da investigação,"estão em causa sete operações queenvolvem vários milhões de euros de investimento, mas cujo concretomontante de subsídio fraudulentamenteatribuído não se encontra aindaapurado, dependendo da realizaçãode ulteriores diligências de investigação".
Além das empresas, Perfitec e Ambipombal, noticiadas na semana passada como tendo sido alvo de diligências pela PJ, também o empresário João Paulo Almeida será arguido neste processo.
Ao que o JORNAL DELEIRIA apurou, o empresário surgirá no processo através da empresa Exclusivo Enigma.
João Paulo Almeida, entre outras ligações, terá sido sócio de Luís Lourenço na empresa fuschia fusion, sediada em Ponte de Sôr, que terá candidatado projectos a fundos comunitários de valores acimados 10 milhões de euros. Esta empresa foi entretanto vendida.
Também Pedro Olaio, empresário de Leiria, será arguido no processo, pelas ligações que terá com a empresa alemã CDF. No entanto, contacto pelo JORNAL DE LEIRIA, Pedro Olaio desmentiu estar envolvido no processo e ter ligações com Luís Lourenço. A empresa CDF será uma das pedras angulares no esquema.
Com EC
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