O casamento anunciado entre a Vidrala e a Santos Barosa, com a primeira, uma sociedade anónima espanhola, a comprar o controlo da segunda, 100% portuguesa e última fábrica do subsector do vidro de embalagem na Marinha Grande ainda controlada pela família fundadora, junta duas empresas que somam 180 anos em actividade.
A mais antiga é a Santos Barosa, fundada em 1889. Deverá facturar entre 130 e 135 milhões de euros em 2017 e chegar a um resultado de exploração, ou seja, lucros antes de impostos, juros e amortizações (EBITDA) entre 32 e 34 milhões de euros, de acordo com informação recente enviada ao mercado.
Já as raízes do Grupo Vidrala remontam a 1965, em Llodio, no País Basco. É dos maiores na Europa, com vendas que ultrapassaram 773 milhões de euros no ano passado e resultados operacionais quase a tocar os 171 milhões de euros.
O negócio divulgado há 15 dias através do regulador espanhol do mercado de valores abre caminho à fusão entre duas realidades distintas: de um lado, a Santos Barosa, uma organização muito grande à escala do distrito de Leiria, a maior do seu ramo na Marinha Grande, mas a competir sozinha num contexto de forte concentração e domínio de multinacionais, com administração dirigida por José Pedro Barosa, bisneto de José dos Santos Barosa, que criou a empresa com o irmão, Jacinto dos Santo Barosa, e um oficial de vidraça, Ricardo dos Santos Gallo Júnior. Do outro, o Grupo Vidrala, que desde 2003 adquiriu concorrentes em Espanha, Portugal, Itália, Bélgica e Reino Unido e se anuncia como o quarto produtor europeu.
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