Três pessoas morreram, quarta-feira, na sequência do naufrágio de uma embarcação de pesca ao largo da Figueira da Foz. Uma quarta pessoa continua desaparecida.
O acidente terá ocorrido de madrugada, a 11 milhas (24 quilómetros) da costa e “tudo indica que a embarcação terá ido ao fundo porque não houve pedido de socorro”, explicou Pedro Coelho Dias, porta-voz da Marinha.
O barco, um arrastão de nove metros, estava registado na Figueira da Foz, mas operava a partir de Peniche. Ao início da tarde, o presidente da Cooperativa de Armadores da Pesca Artesanal de Peniche criticou o atraso em accionar o helicóptero para as buscas por parte da Marinha, que as refutou.
“Não se compreende porque é que o helicóptero não saiu logo [que foram accionados os primeiros meios]. Se o meio aéreo tivesse sido accionado, os pescadores teriam sido salvos com vida”, entende Jerónimo Rato.
Pedro Coelho Dias, também porta-voz da Autoridade Marítima Nacional, disse que aquela afirmação “não corresponde à verdade”, esclarecendo que “os meios aéreos operam a partir do Montijo”, pelo que o tempo de viagem até ao local das buscas “é superior” ao dos meios marítimos.
O alerta – recebido via satélite através de um dispositivo da embarcação accionado de forma automática – terá chegado ao Centro de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa às 4 horas, os primeiros meios (salva-vidas de Aveiro e da Figueira da Foz) foram accionados entre esse momento e as 4:30 e chegaram ao local das buscas pelas 5:20 horas, enquanto o helicóptero da Força Aérea tem hora de chegada pelas 7:30, de acordo com a Marinha.
Lusa