Os Municípios de Pombal e Ourém vão realizar inspecções nas colectividades dos seus concelhos, anunciaram os seus presidentes nas últimas reuniões de executivo. Em Pombal, o conselho foi deixado pelos vereadores do PS, Jorge Claro, e do Pombal Humano, Narciso Mota, depois do presidente Diogo Mateus lamentar a morte de nove pessoas numa colectividade de Tondela devido a um incêndio.
“Já tinha trocado impressões sobre este tema para nos organizarmos. A sugestão dos senhores vereadores de o fazermos com os presidentes de junta é muito oportuna, pois podem dar o seu auxílio na identificação das colectividades que têm mais actividades”, salientou Diogo Mateus.
O autarca revelou que vai pedir à Protecção Civil e ao chefe da Divisão das Obras Particulares que “estabeleçam um calendário para fazer a verificação dos requisitos mais essenciais em termos de segurança” numa “lógica pedagógica”, admitindo poder vir a ser o Município a suportar os custos de eventuais intervenções.
Segundo o presidente, o envolvimento destas entidades irá permitir “perceber quais os termos em que estão a funcionar e que intervenções imediatas é que devem ser executadas”.
Diogo Mateus lembrou que a responsabilidade destas associações recai primeiro sobre quem as dirige, advertindo que até podem estar legais. “Em Portugal o licenciamento é para toda a vida, o que não faz muito sentido, no pressuposto que o conjunto de exigências ao longo dos anos vai sendo aumentado”, assim como as “expectativas de segurança em espaços que acolhem público”.
Em Ourém, o Município encarregou o vereador Natálio Reis de organizar um levantamento das situações de risco em todas as associações do concelho. Também aqui os vereadores do PS alertaram o executivo para o “facto da vida associativa do Município ser ampla, vasta e as associações sofrerem de carências financeiras”.
“Tais carências levam por vezes a descurar questões de segurança e protecção. Conhecendo esta realidade e a importância que as associações têm enquanto locais de reunião, desporto e lazer, consideramos que o Município deve criar uma taskforce, convidando outras entidades como as juntas de freguesia, protecção civil e bombeiros, para análise das estruturas existentes, diagnóstico de segurança”, salientaram.