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O Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos (Centimfe), da Marinha Grande, esteve entre os primeiros centros de saber com acesso à tecnologia aditiva.
Desde o início, o seu trabalho tem consistido na partilha desta tecnologia com os empresários, e também na formação de alunos e quadros, no sentido de democratizar e potenciar a utilização do fabrico aditivo junto das indústrias do seu sector.
Nuno Fidelis, coordenador de Engenharia no Centimfe, recorda que este centro adquiriu o seu primeiro sistema de sinterização selectiva por laser ainda em 1997. A máquina ainda funciona, depois dela surgiram gerações mais modernas e outros equipamentos com a função de fabrico por adição.
E o objectivo destas aquisições, explica Nuno Fidelis, foi sempre o de democratizar o acesso desta tecnologia que, de início, era especialmente cara.
Rui Soares, responsável pela área de vigilância tecnológica deste centro tecnológico, recorda que o Centimfe integrou a Rede Nacional de Prototipagem Rápida e cumpriu um papel relevante de interacção com escolas, indústrias e universidades, tendo promovido a troca de saberes entre sectores como a moda e o design e a indústria de moldes.
Foram bases importantes para o desenvolvimento que o fabrico aditivo atinge hoje nas mais diferentes actividades, concordam Nuno Fidelis e Rui Soares.
Quanto ao futuro desta tecnologia nas indústrias de plásticos e de moldes, tanto Nuno Fidelis como Rui Soares consideram que irá funcionar mais como um complemento, em articulação com as tecnologias convencionais, do que como substituto dessas formas de produção.
[LER_MAIS] Talvez o fabrico aditivo até possa ser suficiente para, por si só, produzir pequenas séries, limitadas, mais personalizadas, na indústria de plásticos, mas, já na indústria de moldes, a complexidade do processo deverá impor, antes, uma relação de complementaridade entre várias tecnologias, antevêem os engenheiros.