De um lado da praça, está o Paço dos Condes de Castelo Melhor, de que sobra, escondida, uma torre, e do outro o velhinho celeiro, do rival Marquês. No meio, ergue-se a vetusta Igreja Matriz de São Martinho.
A Praça Marquês de Pombal, em Pombal, e o intrincado labirinto de ruelas e pequenas praças de traça medieval, que a rodeiam marcam o que foi a antiga ágora da cidade, à volta da qual uma antiga aldeia, aninhada na protecção de um castelo templário, se transformou em vila e, já no último quartel do século XX, em cidade.
A dois passos, em direcção ao castelo e no cruzamento com a Rua Direita – que, como habitual, é torta como a vida – encontramos a Praça Faria da Gama (praça das galinhas), o edifício da Junta de Freguesia e o local mais animado nos serões de Pombal, com música ao vivo e eventos culturais. Uma casa de petiscos, um bar, uma sala de chá e cafetaria, uma casa de espectáculos, uma taberna antiga que deu lugar a uma taberna moderna.
A Leitaria da Praça é filha da iniciativa das irmãs Elsa e Eva Silva e da mãe de ambas, Maria Helena de Almeida Braet. Os três pisos, incluindo um terraço, abrem todos os dias às 13:30 horas e serve refeições leves, incluindo hambúrgueres caseiros, incluindo o Veganburguer, o Chiliburguer, o Cogumeloburguer (cogumelo grelhado), e a Sandes Maria Francisca.
Descemos a rua e, no largo, no âmago da histórica localidade, estão já delineado o espaço que vai receber a tadicional esplanada estival, que, no final das tardes que se espera ainda de calor, acolherá os pombalenses e um ou outro turista em busca de um sítio para relaxar após um dia de azáfama.
O velho casco urbano da cidade
de Pombal merece uma visita. Ao
contrário do que acontece
noutras localidades da região, por
ali, as ruas estreitas continuam
vivas de gentes e animadas pelo
comércio local. A esplanada da
Praça Marquês de Pombal,
quando o calor estival começar a
apertar, será um dos sítios mais
procurados para uma bebida
fresca ao serão. Quem procura
uma casa de petistos que
também é casa de chá e palco para
espectáculos encontra, em frente
à Rua Direita, na Leitaria da Praça
o poiso ideal
Transformados em museus, o Celeiro do Marquês e a antiga cadeia de Pombal são dois pontos de passagem obrigatória quando se visita o vivo centro histórico da cidade do Arunca. O [LER_MAIS] primeiro alberga o Museu de Arte Popular Portuguesa no piso térreo e contém em exposição um espólio de cerca de 2000 peças de artesanato de todas as regiões do País.
O espaço museológico conta com uma colecção doada à autarquia, resultado do trabalho de procura e selecção de Nelson Lobo Rocha, técnico aposentado da Fundação Calouste Gulbenkian, ao longo de mais de vinte e cinco anos de convívio com artesãos. Na antiga cadeia, desde 2004, está instalado o Museu Municipal Marquês de Pombal, fruto da doação do espólio do antiquário local Manuel Gameiro.
As peças em exposição permitem uma leitura da história nacional e local do século XVIII e da vida do Marquês de Pombal como figura central da vida política portuguesa da época. A colecção mais expressiva é constituída por um núcleo bibliográfico composto por livros da época, sendo o mais antigo de 1717.
A Igreja de São Martinho é uma testemunha da história de Portugal. Foi ali que, em 1323, D. Dinis e seu filho D. Afonso celebraram o juramento público de paz por intermédio da rainha santa, Isabel, e um grande painel de azulejos modernos fixados sobre o arco triunfal, recorda-o a quem lá entra.
O templo foi reedificado em 1520 e profundamente remodelado em 1816, com o aspecto actual. Se ainda houver tempo, vale a pena uma visita à Mercearia da Praça e, para os mais alternativos, nada como sair de Pombal com uma nova tatuagem feita na loja Tribos Urbanas. Tudo ali perto.