A WeMold, criada pela Atena Equity Partners para os negócios da área de moldes, e que tem como CEO e operating partner o investidor Joe Santana, comprou em Dezembro a maioria do capital da Planitec, de Porto de Mós.
É a quarta empresa de moldes da região adquirida por esta sociedade gestora de private equity, que desde Outubro de 2017 comprou três empresas de moldes e plásticos da Marinha Grande: AFR, E&T Plastics e Tecnifreza.
Na altura, em comunicado, a Atena explicou que decidiu investir no sector dos moldes e plásticos com o objectivo de “contribuir para o seu desenvolvimento e crescente internacionalização, potenciando as competências e vantagens competitivas existentes nesta área em Portugal”.
Com mais de 25 anos de actividade, a Planitec é especilista na produção de moldes pequenos mas de alta precisão. Nesta área, “é uma das melhores empresas da região e isso foi um dos motivos que nos levaram a investir”, explicou ao JORNAL DE LEIRIA Joe Santana.
O CEO da WeMold adiantou que o grupo fica, assim, com empresas fabricantes de moldes de alta precisão, já que este é também o core business da Tecnifreza, que tem 89 empregados.
A Planitec conta com cerca de 30 funcionários e regista uma facturação na ordem dos três milhões de euros. Para este ano está já delineado um “plano de crescimento moderado” e um investimento num novo edifício que permitirá o crescimento da área produtiva.
O investimento total (obras e novos equipamentos) deverá rondar os dois milhões de euros e implicará depois a contratação de mais dez pessoas, explicou Joe Santana.
Na empresa de Porto de Mós, em 2018, “as encomendas foram muito boas”. Para este ano o CEO da WeMold diz que “não se sabe ainda muito bem” como será, porque “há muita incerteza no mercado”.
Para tal contribuem factores como as mudanças no sector automóvel (redução dos carros com motor a diesel e avanço dos eléctricos), um dos mais importantes segmentos da empresa, e, ainda em discussão, as tarifas implementadas ou por implementar nos Estados Unidos à importação de produtos estrangeiros.
Também a Tecnifreza vai receber um investimento na área produtiva, que será ampliada, e as outras duas empresas serão alvo de investimentos em tecnologia e equipamentos.
[LER_MAIS] Conforme explicou a Atena em comunicado aquando da aquisição, E&T, AFR e Tecnifreza apresentam “negócios complementares que permitem explorar sinergias comerciais, nomeadamente nos mercados internacionais para onde exportam mais de 80% da sua produção”. No conjunto, geram um volume de negócios agregado de cerca de 25 milhões de euros.
E quanto a novas aquisições? Joe Santana reconhece que existe vontade de “investir e criar massa crítica na área dos moldes”, criando aquilo a que chama one stop shop. Ou seja, um conjunto de empresas que se complementem e que permitam dar resposta aos clientes que chegam ao país com um conjunto diverso de moldes para fabricar. “Para já, temos de nos organizar e criar sinergias entre estas quatro empresas”, diz o investidor.