Pedro já participou no Festival Olímpico da Juventude Europeia, já foi a Europeus e Mundiais de juniores, mas esta quarta-feira cumpriu um dos “grandes sonhos” que lhe alimentavam a carreira.
Ainda não chegámos ao patamar de Giro, de Tour e de Vuelta, mas, para um português de 20 anos, estar na linha de partida da Volta a Portugal em bicicleta é mesmo espectacular. E por isso, não esconde, por estes dias anda “um bocadinho nervoso”.
A Grandíssima teve ontem o prólogo em Viseu e hoje, quinta-feira, a primeira etapa termina na cidade de Leiria, após 174,7 quilómetros na estrada e passagem por vários concelhos do distrito, como Castanheira de Pera, Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Alvaiázere, Ansião e Pombal.
É na Avenida Dr. João Soares, aquela que liga a Rotunda D. Dinis ao largo da Câmara Municipal, que está instalada a meta. A hora prevista de chegada ronda as 17:30 horas.
É uma rua, ligeiramente a subir, que Pedro José Lopes conhece bem. Como toda a região, de resto. E, por isso, o ciclista de Monte Redondo que defende as cores da Oliveirense tem uma secreta esperança em fazer “uma gracinha”, apesar de para trás estar uma etapa com alguma dureza e quatro contagens de montanha, uma delas de primeira categoria, para escalar.
Mas, se não puder brilhar na sua cidade, espera poder destacar-se noutro local qualquer. “É a primeira vez que vou correr na Volta a Portugal e um grande objectivo seria poder estar na discussão de uma etapa”, sublinha o único ciclista da região presente no evento.
[LER_MAIS] A preparação para esta prova de 11 dias, admite, foi “mais rigorosa” do que o habitual. É que as etapas nestas provas de elite são significativamente “mais longas” do que aquelas a que está habituado nas competições mais jovens.
Admite, pois, um “grande respeito” pelas etapas míticas, como aquelas terminam da Torre, o ponto mais alto de Portugal continental, ou na “mítica” subida à Senhora da Graça, em Mondim de Basto.
Na sua segunda época no escalão sub-23, a adaptação ao pelotão “não tem sido fácil”, mas espera “voltar ao nível forte” que o caracterizou enquanto júnior, quando representava o Alcobaça Clube de Ciclismo. Quer regressar aos momentos em que a polivalência o fazia conseguir “passar bem média montanha” e “rolar bem” e lhe dava títulos.
Para a Volta a Portugal não tem grandes preocupações com a classificação final, mas gostava de estar a 11 de Agosto na linha de meta, no Porto. Só espera “não estar envolvido em quedas” e ter “liberdade para tentar algo”, o que dependerá sempre da “estratégia da equipa” e do próprio “desenrolar da corrida”.