Dois anos após ser conhecida a proposta de arquitectura para o Centro de Atividades Municipal (CAM), pavilhão multiusos de Leiria, a autarquia informou hoje que irá suspender o processo até que seja realizado um estudo de viabilidade económica para o equipamento.
Gonçalo Lopes diz que não é “um recuo”, mas “planeamento”. Sublinha também que é “uma obrigatoriedade legal fazer um estudo viabilidade do investimento”.
O autarca admite que a estimativa de custo – inicialmente anunciada de 12 milhões de euros – já “tem um desvio de 50% face ao valor do concurso de ideias”.
A oposição social-democrata não gostou de ouvir tais palavras ao fim dos dois anos que o assunto já leva. O processo foi iniciado pelo anterior presidente da Câmara, o socialista Raul Castro. Os vereadores do PSD falam em “irresponsabilidade”, recordando que já foram gastos mais de 300 mil euros com projectos e que “os estudos financeiros deveriam ter sido feitos antes”.
Na semana passada, o JORNAL DE LEIRIA fez um inquérito online junto do público de Leiria e, das 2095 pessoas que participaram, 57% disseram ser contra e 43% a favor da construção do CAM.
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