O Grupo NOV (antes denominado Lena), sediado em Leiria, entrou ontem em lay-off, total e parcial, durante um mês em diversos sectores de actividade, como o turismo, automóvel e construção civil, devido aos efeitos económicos da pandemia da Covid-19.
A medida agora tomada pode ser renovada “até três meses”, mas também pode ser suspensa antecipadamente caso “existam circunstâncias que retomem ou incrementem a actividade”.
Em carta enviada aos trabalhadores na quarta-feira, e citada pela Lusa, o presidente da comissão executiva assume que a pandemia afectou “de forma diferenciada” os vários negócios do grupo, pelo que as medidas tomadas variam consoante o sector.
Joaquim Paulo Conceição refere que, face ao contexto difícil, são necessárias acções para resistir “às restrições económicas e financeiras” e “assegurar a sustentabilidade do grupo”, que já sente “crise de liquidez”.
A medida abrange praticamente todos os funcionários que trabalham no comércio de viaturas, ficando alguns da área do pós-venda em regime parcial.
Nas unidades turísticas do Grupo NOV, que estão “praticamente desertas”, os colaboradores entram todos em lay-off, excepto os que asseguram a manutenção e a segurança.
Os trabalhadores da construção civil também páram, mantendo-se no activo apenas os que estão “envolvidos nas obras em curso”.
O grupo de Leiria opera também na indústria, comunicação e ambiente, áreas em que a comissão executiva considera não haver, no momento, necessidade de suspender a actividade.
O responsável pela comissão executiva admite ainda que a actividade internacional está “fortemente restringida” devido a medidas de contenção em cada um dos países onde o grupo está presente, ficando os trabalhadores aí deslocados enquadrados no regime legal específico de cada país.
Devido à pandemia, Portugal está em estado de emergência desde 19 de Março.