“Tendo em conta a redução de actividade e de receita e a total ausência de mecanismos que assegurem a sustentabilidade das empresas de transporte público de passageiros”, o Grupo Rodoviária do Tejo avançou ontem para lay-off, extensível à totalidade dos 750 trabalhadores.
Serão mantidos apenas os serviços mínimos de mobilidade, “assegurados pelo número necessário de funcionários por região, garantindo a manutenção de equipas ‘espelho’ sem possibilidade de contacto, para minimizar os impactos que poderão surgir desta situação”, informa em comunicado.
As restrições de mobilidade decretadas pelo Governo resultaram numa quebra de 90% na actividade do deste grupo (empresas Rodoviária do Lis, com actuação na zona de Leiria, Rodoviária do Oeste, sediada em Caldas da Rainha, e Rodoviária do Tejo, que opera na zona de Santarém/Torres Novas).
No comunicado, o grupo, que não revela por quanto tempo se estenderá o lay-off, defende que a existência de mecanismos para assegurar a sustentabilidade das empresas de transporte público de passageiros “seriam menos pesadas para o país do que as medidas que temos disponíveis”.
Face à sua “total ausência”, apela às entidades públicas que regularizem “todas as dívidas verificadas para com a empresa, como forma de melhorar as condições de tesouraria e, consequentemente, garantir o pagamento dos salários”.
Naquele comunicado, o grupo reconhece que o lay-off não é a solução “mais favorável à manutenção e recuperação da economia” e frisa que tem desenvolvido contactos com as autoridades de transporte no sentido de encontrar alternativas, “medidas que acreditamos que ainda venham a surgir e que nos possibilitem um olhar diferente e mais positivo para o futuro”.