A Assembleia Municipal da Batalha aprovou, ontem, dia 25, uma moção a exigir a inclusão de investimentos que considera estratégicos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A construção de uma Estação de Tratamento de Efluentes Suinícolas (ETES) e de uma ligação entre a A1 e o IC9 são duas as obras defendidas.
Na moção, subscrita por PSD, CDS-PP e PS, partidos representados na AM da Batalha, lê-se que há investimentos “na área da saúde, ambiente e infra-estruturas que estranhamente não constam no PRR e que devem ser considerados pela sua urgência e natureza estrutural nesta fase de relançamento das actividades económicas e ao nível da qualidade de vida dos cidadãos”.
Entre os investimentos apontados pelo documento estão obras de beneficiação, ampliação e reequipamento do Centro Hospitalar de Leiria, e a construção da ETES, “um projecto essencial ao plano de despoluição da bacia hidrográfica do Lis, bem como de regularização do sector pecuário”.
A criação de um parque de ciência e inovação da região de Leiria e a modernização e electrificação da linha ferroviária do Oeste (troço Caldas da Rainha–Louriçal) são outros projectos enumerados na moção, mas “ignorados no PRR, e essenciais para a fase de recuperação social e económica” da região.
Olhando para o concelho da Batalha, os eleitos defendem como “fundamental” que a construção do nó de ligação entre a A1 e o IC9, numa zona de confluência entre Leiria, Batalha e Ourém, “conste no designado programa de promoção de investimento”, pois “assegura o aumento de capacidade da rede viária associado ao turismo e dinamização da área de localização empresarial de São Mamede, Fátima e Santa Catarina da Serra”.
A moção, aprovada por unanimidade, vai ser remetida ao Governo, Associação Nacional de Municípios Portugueses, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Assembleia da República e deputados eleitos no Parlamento Europeu.
O PRR de Portugal, para aceder às verbas comunitárias pós-crise da pandemia de Covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13,9 mil milhões de euros em subvenções.