“É óbvio que não renuncio”. É esta a resposta de Álvaro Madureira ao “convite” feito por militantes do PSD para resignar ao cargo de vereador na Câmara de Leiria, para o qual foi recentemente eleito.
O repto foi deixado numa moção aprovada esta quarta-feira num plenário de militantes. Ao que o JORNAL DE LEIRIA apurou, o documento, apresentado por João Cunha, sustentava o pedido de renúncia nos resultados obtidos pelo PSD em Leiria nas últimas autárquicas e na necessidade de “rejuvenescimento” do partido.
A moção foi aprovada por 18 votos a favor e 13 contra, contando ainda com alguns nulos.
“Não passa pela cabeça de ninguém que renuncie ao mandato. Fomos eleitos pelas pessoas”, afirma Álvaro Madureira, que atribui a iniciativa a “ressabiamento de quem se viu excluído das listas”.
Para o vereador e ainda presidente da concelhia, a proposta “não tem qualquer validade” e pretende “apenas criar mais divisionismo” no PSD de Leiria.
Em declarações ao JORNAL DE LEIRIA, Álvaro Madureira aponta o dedo a “João Cunha e a Jorge Dias”, que nas últimas autárquicas não integraram qualquer lista do PSD, acusando-os de “há 20 anos andarem a promover divisionismos” no PSD de Leiria.
“Os lugares na assembleia municipal, na câmara e nas assembleias de freguesias não são cativos. Essas pessoas ficaram ressabiadas e tentam agora fazer estas arruaças”, acusa Álvaro Madureira, que se diz “magoado” e “triste” com a situação.
Até ao momento, não foi possível contactar João Cunha, autor da moção.