Cerca de dezena e meia de populares da freguesia do Landal pediram, na noite de terça-feira, a intervenção da Câmara e Assembleia das Caldas da Rainha para exigir a reabertura da única unidade de saúde da freguesia, encerrada desde Junho.
“A preocupação com a situação critica em termos de saúde” foi manifestada pela presidente da Assembleia de Freguesia do Landal, Susana Almeida Louro, assumindo-se como porta-voz da população, que na terça-feira, se manifestou na Assembleia Municipal (AM) das Caldas da Rainha.
Em causa está o encerramento da Unidade de Saúde de Rostos, naquela freguesia do concelho das Caldas da Rainha, fechada no início do mês, depois de nos últimos cinco meses ter estado por várias vezes encerrada por falta de médicos.
“Somos a freguesia mais longínqua do concelho (a 22 quilómetros da sede, Caldas da Rainha,) e temos uma população com um elevado grau de envelhecimento e dificuldades de deslocação”, afirmou a porta-voz dos populares na AM, pedido a intervenção da autarquia para “fazer todos os esforços para reverter” o fecho da extensão de saúde que servia toda a freguesia do Landal.
Os populares presentes na AM manifestaram ainda o receio de que o encerramento da Extensão de Saúde venha a resultar “no fecho da única farmácia da localidade, deixando a população sem acesso a medicamentos e a quaisquer cuidados de saúde”.
Esta foi a segunda manifestação pública contra o encerramento do posto médico, depois de na semana passada semana cerca de meia centena de pessoas se terem concentrado junto à Unidade de Saúde de Rostos, no concelho das Caldas da Rainha, em protesto.
A situação deu também origem a duas perguntas efectuadas na Assembleia da República pelos deputados do PSD eleitos pelo distrito de Leiria.
O presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Vitor Marques (Movimento Vamos Mudar), afirmou na sessão que “este é um problema transversal a outras freguesias”, sobre o qual já solicitou ao Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) Oeste Norte uma resolução.
De acordo com Vitor Marques, o ACeS, a Câmara e a Santa Casa da Misericórdia assinaram um protocolo que permitia a contratação de um médico mas, “ainda não foi possível encontrar um profissional para prestar serviço naquela unidade”.
O autarca assumiu o compromisso de “continuar a desenvolver esforços” visando a contratação de um médico, admitindo, no entanto que, “numa situação de recurso a Câmara equaciona facultar transporte” para que a população da freguesia possa recorrer a outros centros de saúde do concelho.
Segundo os dados oficiais do Ministério da Saúde a Unidade de Saúde de Rostos conta com 472 utentes inscritos, mas a população garante o número de utentes poderia ser superior, já que muitos moradores da freguesia viram negada a sua inscrição por parte dos serviços.