A nova estrutura da Protecção Civil em 23 sub-comandos regionais criados de acordo com as Comunidades Intermunicipais (CIM), deverá entrar em funcionamento até ao início do próximo Verão, segundo o Ministério da Administração Interna. No distrito de Leiria, o comando de Leiria dever-se-á manter no local do actual Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS), no antigo edifício do Governo Civil, estando a ser criado em Caldas da Rainha o sub-comando regional da CIM Oeste.
Carlos Guerra, comandante distrital de Leiria, revela ao JORNAL DE LEIRIA que a indicação da tutela é que os novos comandos sub-regionais irão estar operacionais no primeiro semestre de 2022. “Estamos a trabalhar com a Câmara de Caldas da Rainha há algum tempo para encontrar o local para instalar o sub- comando”, aponta.
Caldas da Rainha foi o concelho da CIM Oeste – que integra os municípios de Nazaré, Alcobaça, Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Lourinhã, Cadaval, Torres Vedras, Alenquer, Sobral de Monte Agraço e Arruda dos Vinhos – escolhido para receber a sede deste sub-comando, que será instalada de “forma provisória” na zona industrial.
“O edifício será reestruturado para acolher com todas as condições o comando sub-regional. Depois será encontrada uma solução mais sustentada e definitiva”, adianta. Segundo explica, a alteração prevista cinge-se à organização territorial. Até agora, as sedes de comando existiam por distrito. Com esta Lei Orgânica da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) criada pelo Governo PS, são criados comandos sub-regionais por cada CIM, passando, assim, de 18 para 23 estruturas. Relativamente ao comando sub-regional do Médio Tejo, o MAI disse à Lusa que “não há ainda uma decisão final”, e que está a ser “avaliada a solução que sirva mais adequadamente os interesses das populações e de todas as autarquias envolvidas”.
Luís Albuquerque, presidente da Câmara de Ourém, que integra a CIM do Médio Tejo, defende ao JORNAL DE LEIRIA que a sede do sub-comando regional “deve ser uma decisão técnica e não política”, baseando-se em critérios como a “dimensão do concelho, a localização e perigosidade”.