Na segunda-feira da semana passada, terminou o prazo de entrega de propostas para o concurso público de construção do novo interface rodo-ferroviário de Pombal, sem que tenham aparecido empresas com propostas dentro do valor-base para a empreitada.
A obra, no valor de 2,5 milhões de euros, integrada no PEDU 2018, transita do anterior executivo e já tinha sido alvo de dois concursos públicos que não tiveram interessados.
A autarquia justifica o sucedido com o aumento de preços das matérias-primas, em conjugação com a invasão russa da Ucrânia, que desmotiva os empreiteiros a aceitar obras de valor fixo.
“Ou as empresas não têm interesse em fazer a obra ou a nossa estimativa orçamental que, antes do concurso, foi revista em alta já para fazer face a esta especulação e escalada dos preços, não é suficiente”, afirmou Pedro Navega.
O vereador (PSD) adiantou que os serviços camarários estão a avaliar se se avançará apenas para uma intervenção de arranjos urbanísticos, que permitam a ligação directa da estação ferroviária à rodoviária e ao estacionamento construído junto ao loteamento das Cegonhas.
“Será uma intervenção mais cirúrgica, com prazos apertados, pois a obra acontece no âmbito do PEDU e terá de estar concluída até meados do próximo ano”.
