O projecto para a criação do Centro de Interpretação e Museu da Serra de Sicó (Cimu-Sicó) foi lançado pelo Município de Pombal em 2007, mas a construção ainda não foi concluída.
Este mês, o empreiteiro, alegando a falta de mão-de-obra devido a baixas médicas provocadas pela pandemia de Covid-19, pediu à autarquia uma extensão do prazo de conclusão da obra, o que motivou críticas da oposição socialista aos atrasos e à indefinição e objectivo do projecto.
Quando concluído e rebaptizado Explore Sicó, a autarquia, pretende que a infra-estrutura, nascida durante os mandatos de Narciso Mota (PSD), “contribua para a aposta no turismo activo e sustentável”.
O pedido da Soteol, a quem, em Fevereiro de 2020, foi adjudicada a empreitada por 2,1 milhões de euros, foi aprovado, com a abstenção dos vereadores socialistas, que manifestaram o desejo de votar contra, mas admitiram que a abstenção é a “solução menos onerosa”.
Odete Alves sublinhou ser “incompreensível” o atraso. “É espantoso que se chegue ao termo do prazo e se peça uma prorrogação, quando parece que isto era reiterado e aconteceu ao longo da vigência do contracto.”
O também socialista Luís Simões, afirmou que o projecto não passa de “um monstro de betão numa serra belíssima” (…) “e ainda não está definido para o que servirá a construção. Se calhar, deveríamos ponderar a demolição daquilo.”
O vereador Pedro Navega (PSD) revelou que entre 60 a 70% da obra estará concluída e recordou que os trabalhos estiveram parados muito tempo para revisão do projecto, tendo sido aberto novo concurso, ganho, ambas as vezes, pela Soteol.
A autarquia fixou como “prazo razoável para conclusão” 4 de Julho de 2022, findo o qual, o empreiteiro terá de entregar a obra concluída e sem custos adicionais.