O presidente da Câmara de Ansião, António Domingues, reclama o envio de mais meios aéreos para ajudar a consolidar os trabalhos de combate ao fogo, controlando os reacendimentos que vão surgindo. Até ao momento, já terão ardido “sete a oito mil hectares” de floresta no concelho.
Segundo o autarca, que falava aos jornalistas ao final desta manhã, neste momento “não há povoações em risco”, mas têm-se registado reacendimentos em zona de floresta, nomeadamente na parte sul do concelho e zona central da freguesia de Santiago da Guarda.
“É importante atacá-los agora, para que não ganhem proporções maiores”, defende, considerando que “já devia haver meios aéreos” envolvidos no combate para “debelar os focos de incêndio que vão ressurgindo”.
“Depois de uma noite difícil, continuamos com muito operacionais do terreno, mas que não fazem o rescaldo completo, sobretudo mais no interior da mata. Estamos a colocar meios nesses sítios. Já é altura de isto se resolver”, afirma, acrescentado: “Este incêndio não pode passar de hoje”.
Nas declarações aos jornalistas, o autarca revelou que ontem foram pedidos meios aéreos às 14 horas. “O CDOS disse que tinham pedido três aeronaves de Cernache, mas estes foram desviados para Ourém. Só às seis ou sete horas da tarde, chegaram dois canadair, para resolver um problema que já não era resolúvel”, critica.
O fogo em Ansião resulta de um incêndio no concelho de Pombal, que deflagrou na sexta-feira, pelas 14:50 horas. Segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, às 13 horas estavam no local 498 operacionais, apoiados por 130 viaturas e cinco meios aéreos