O clube da União Desportiva de Leiria enviou, ontem ao final do dia, uma comunicação aos sócios a anunciar que “o acesso dos adeptos será gratuito” aos jogos da Liga 3 realizados no Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa durante a época de 2022/2023.
O e-mail, enviado “após reunião entre a direcção da União Desportiva de Leiria e a administração da UDL União de Leiria – futebol, SAD”, adianta ainda que os sócios têm “acesso a uma zona reservada na parte central da bancada” e quem optar por “adquirir um lugar anual terá direito a uma cadeira reservada na zona designada por central especial”.
Os valores das quotas regulares, acrescenta a mensagem, não sofrem alteração, mas a compra do lugar anual pode aumentar até sete vezes o custo anual.
Ou seja, um sócio efectivo paga uma quota anual de 20 euros, ou 2 euros por mês, mas com um lugar fixo anual na zona ‘central especial’ passará a pagar 50 euros.
Já o sócio menor, cuja quota anual se fixa nos cinco euros, ou 50 cêntimos por mês, se pretender um lugar prestigiado terá de pagar 35 euros por ano.
No caso da categoria de sócio correspondente não se aplica o lugar anual, mantendo-se o valor da quota anual nos 10 euros, ou um euro por mês.
O anúncio foi recebido com surpresa por parte dos sócios que se mostraram divididos face a esta medida.
“Sempre quisemos promover o aumento de novos sócios e agora os adeptos entram de ‘borla’ e os sócios pagam?”, questionou José Carvalho nas redes sociais numa publicação onde vários sócios e adeptos partilharam diferentes pontos de vista.
“Eu penso que é um pouco injusto, mas não me preocupa muito porque, independentemente de pagarem ou não, eu vou pagar as minhas quotas na mesma e prefiro ver o estádio cheio”, argumenta Francisco Prior ao JORNAL DE LEIRIA, após receber a mesma comunicação.
Já o representante do grupo de adeptos Armata explicou-nos que “é possível que a informação ainda não tenha sido toda divulgada”. “Poderá haver algo positivo nesta ideia, mas, com aquilo que foi apresentado neste momento, não concordo”, atira Rui Quinta.
Questionada sobre a situação, a SAD da União de Leiria não comentou e remeteu explicações para mais tarde.