Os caretos são as figuras principais da exposição de fotografia da autoria de Rui Miguel Pedrosa que é inaugurada no m|i|mo – museu da imagem em movimento, a 25 de Setembro, com o título Chocalhadas.
O trabalho, lê-se no comunicado divulgado pelo Município de Leiria, destaca “seres misteriosos que fazem nascer um sentimento de curiosidade envolta em bruma e receio”, e que, “todos os anos, desde épocas que se perderam no tempo, (…) saem à rua nas festividades carnavalescas”.
“A sua origem, conta-se, remonta a uma sociedade secreta que, sob o anonimato assegurado pelo disfarce, gozava de uma liberdade sem paralelo. Acredita-se que os actos errantes dos caretos seriam uma maneira de expurgar o mal e purificar a comunidade. Os trajes são passados de pai para filho, e restaurados, para que a sua utilização possa perpetuar-se no tempo e, se antigamente, eram apenas os rapazes solteiros que se vestiam de caretos para ‘chocalhar’ as moças solteiras, nos dias de hoje, esta é uma tradição que se estende para além da idade e até para além do género”, lê-se na nota de divulgação.
Patente ao público até 27 de Novembro, Chocalhadas é a primeira exposição individual de Rui Miguel Pedrosa, que é natural de Leiria, cidade onde nasceu em 1984.
Fotojornalista desde 2008, tem colaborado com publicações locais e nacionais, além da agência Lusa.
É autor do projecto Um Estranho por Dia e foi editor e curador no projecto Everydaycovid – diários fotográficos em estado de emergência.
Também foi o responsável oficial pelo registo documental e fotográfico do centenário dos acontecimentos de Fátima.
Tem fotografias publicadas em vários livros: Everydaycovid – Diários Fotográficos em Estado de Emergência (2020), O Tempo nas Nossas Mãos (2020), Viagens da Nossa Pedra: mil e uma histórias sobre a Pedra Portuguesa (2019) e Pedra Portuguesa no Mundo (2016).