Nasceu há 30 anos, a 3 de Outubro de 1992, a Escola de Artes da SAMP – Sociedade Artística Musical de Pousos, com o mote de que “mais importante que colocar músicos no palco é colocar a música e a arte na vida das pessoas”.
No arranque, o percurso de aprendizagem incluía a música, mas também a dança, o teatro e as artes plásticas.
“Essa é a grande inovação”, comenta Alberto Roque, membro da direcção pedagógica da SAMP e também ele professor na Escola de Artes.
“Nunca foi preocupação principal formar profissionais. Foi sempre preocupação colocar a arte na vida das pessoas. Isso é o mais importante para nós”, reitera.
As artes plásticas, sobretudo por dificuldades logísticas e de limitação de espaço, acabaram por sair do currículo, no entanto, mantém-se até hoje outro aspecto diferenciador da Escola de Artes da SAMP: “começar a iniciação artística o mais cedo possível”, lembra Alberto Roque, o que sucede no Berço das Artes, logo a partir dos primeiros meses de vida.
Para assinalar 30 anos de actividade da Escola de Artes, a SAMP preparou um ciclo de recitais e música de câmara, com a participação de professores e solistas da banda em actuações ao vivo no dia 30 de cada mês, a começar já no próximo dia 30 de Outubro.
A temporada irá de Outubro de 2022 a Junho de 2023, no Celeiro da Casa do Terreiro, com o apoio da Fundação Caixa Agrícola de Leiria, na sala Margarida Korrodi, inaugurada na SAMP a 18 de Janeiro de 2022, e noutros espaços emblemáticos da cidade.
O primeiro grande momento acontece a 6 de Novembro: o Concerto de Abertura, no Teatro José Lúcio da Silva, vai envolver vários alumni, da área da música e da dança, muitos deles profissionais de referência no panorama nacional.
Ao longo da temporada, a SAMP anuncia também outros concertos emblemáticos, todos dedicados à efeméride, de que são exemplo o Famílias ao Palco, o EnCantar e o Tocado por Miúdos.
Foi no contexto da Escola de Artes que surgiu na SAMP o ensino especializado da música e a sua oficialização atribuída pelo Ministério da Educação, que, actualmente, permite seguir o ensino artístico oficial até ao final do nono ano de escolaridade.
O teatro, depois de um pequeno sono, está agora “mais vivo do que nunca”, assinala a SAMP, e em Dezembro do ano passado, no 148.º aniversário da Sociedade, levou à cena o Auto de Natal de Francisco Rodrigues Lobo.
Na Escola de Artes da SAMP, no ensino oficial e fora dele, estão este ano inscritos 300 alunos.