Sem o espaço habitual de exposição e sem orçamento que lhe permita realizar a Feira Nacional de Artesanato e Gastronomia da Marinha Grande (FAG) em moldes diferentes, a Associação Social Cultural e Desportiva de Casal Galego não levou a cabo o tradicional certame em 2022 e ameaça apresentar o seu projecto a um concelho vizinho.
Em comunicado, a direcção da associação informou que se em 2020 e 2021 a FAG não decorreu devido à pandemia e porque os pavilhões do Parque Municipal de Exposições da Marinha Grande estavam a ser utilizados, como Centro de Vacinação Covid-19 e como mercado municipal, este ano, e apesar das várias reuniões realizadas com a vereadora da Cultura, Ana Alves Monteiro, o certame também não decorreu.
“Destas reuniões, resultaram vários cenários possíveis, no entanto, todos eles demasiado [LER_MAIS]dispendiosos para a associação os assumir. Para que se tornassem exequíveis, o município teria de conceder um apoio à associação, superior ao que habitualmente concedia, para a realização deste certame”, expõe a direcção. “É certo que, actualmente, o pavilhão N.º 1 encontra-se disponível, mas, infelizmente, o mesmo não dispõe de área suficiente para realizar a FAG”, defende.
Dado o aumento de custos associados à organização do evento “e uma vez que o apoio concedido pelo município seria inferior ao da edição anterior (FAG de 2019), torna-se de todo impossível” realizar a FAG de 2022, expõe.
“Corremos o risco da FAG não voltar a realizar-se, enquanto o pavilhão N.º 2 do Parque Municipal de Exposições se mantiver ocupado com o mercado municipal”, lamenta a direcção. Se em 2023 a posição do município se mantiver, acrescenta, “só nos restará apresentar o nosso projecto da FAG a um município vizinho”.
Na reunião de câmara de segunda-feira, Ana Alves Monteiro recordou as várias reuniões onde, em articulação com a associação, procurou modelos alternativos para o certame. Lembrou que o apoio dado para a realização da FAG em 2022 seriam 32,930 euros (acima dos 30 mil concedidos em 2019). Adiantou já ter marcado nova reunião com a associação, em Janeiro, mas sublinhou que, no que respeita às instalações, as condições não vão variar.