‘Passado e presente, que futuro para o andebol leiriense?’ foi o mote do debate entre treinadores que se reuniram no serão de sábado, no auditório do Estádio Municipal de Leiria.
Com pouca adesão, mas temas importantes para a modalidade histórica no concelho, a organização, a cargo da página informal Andebol Leiria, adianta que o balanço da conversa foi “positivo”.
Das temáticas abordadas, Alexandre Mateus destaca os “pontos primordiais”: “haver a falta de um director técnico regional de andebol”, a “falta de dinâmica” para captar mais atletas, a “falta de união em prol da modalidade” e, ainda, “a necessidade de mais apoios, tanto a nível técnico, como estrutural”.
Na mesa moderada por Aurélio Silva, os treinadores recordaram o passado.
Sem esquecer “estes pavilhões, terras e gentes” onde viu nascer a ligação ao andebol, o técnico Jorge Rito admite que não entende “como é que Leiria tem boa formação e bons jogadores, mas não tem uma equipa na primeira divisão”.
“Antes a cidade vivia e transpirava andebol e acho que isso ainda se mantém um pouco porque tem gente apaixonada e tecido empresarial que pode dar suporte”, afirmou.
Para o treinador José Bento, habituado a trabalhar com a formação de clubes da região, o importante é “haver motivação e ligação” para que os atletas “não fujam da cidade”.
“Precisamos urgentemente de bons dirigentes, de dirigentes com capacidade de gestão que pensem de facto a organização das colectividades e de como criar fundos para tornar rentável a própria modalidade”, atira.
Já o técnico Marco Sousa, o fim do pavilhão na cidade pode justificar “o afastamento das pessoas que se passaram a dispersar pelos pavilhões”.
Além disso, questiona “até que ponto ter muitos clubes num distrito regionalista, e a forma como se relacionam, faz sentido ou é melhor para que a modalidade cresça”.