O Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) iniciou este mês de Janeiro a realização de estudos funcionais digestivos: a manometria esofágica de alta resolução, a phmetria e a manometria anorrectal de alta resolução.
“Estas técnicas permitem o estudo de doenças tão comuns como as doenças da motilidade do esófago, a doença de refluxo gastroesofágico ou a disfunção do pavimento pélvico”, explica Helena Vasconcelos, directora do Serviço de Gastrenterologia do CHL, citada numa nota de imprensa.
A manometria esofágica é um exame que utiliza uma sonda que monitoriza as pressões esofágicas e a progressão de líquidos e sólidos entre a cavidade oral e o estômago, estando indicada no estudo de sintomas como disfagia.
Já a manometria anorrectal utiliza a mesma técnica, mas permite avaliar a resposta muscular e sensitiva do recto e canal anal, estudando sintomas como obstipação e incontinência. Por último, a phmetria permite monitorizar a quantidade de refluxo ácido ao longo de 24 horas.
Todos estes exames permitem o diagnóstico de doenças funcionais do sistema digestivo, que se estima que afectem mais de 20% da população mundial.
“Este investimento representa mais um passo na diferenciação do Serviço de Gastrenterologia, que tem crescido nos últimos anos. A equipa que inicia a técnica após formação na área em dois centros de referência, é composta por duas médicas e três enfermeiras”, destaca Helena Vasconcelos.
Segundo a especialista, “os exames são realizados em regime de ambulatório e a sua existência no Centro Hospitalar de Leiria representa um ganho para os doentes que, até então, realizavam os exames noutros centros, com todos os custos inerentes”.
A equipa de Gastrenterologia estima a realização de mais de 150 exames anuais, o que permitirá o diagnóstico e o tratamento precoces de várias patologias digestivas.
“O início da realização destas novas técnicas são um bom augúrio do ano que agora começamos, na medida em que são um importante passo no crescimento do nosso Serviço de Gastrenterologia, pela evolução técnica, e que permitirá prestar cuidados mais diferenciados e próximos aos nossos utentes”, destaca Licínio de Carvalho, presidente do Conselho de Administração do CHL, citado na mesma nota.