A concelhia de Leiria do PSD acusa o presidente da câmara de “falta de um espírito democrático”, por, segundo alegam os sociais-democratas, ter “excluído” a representante partido na vereação dos discursos da sessão solene do Dia do Município, que se assinala na próxima segunda-feira, dia 22.
Gonçalo Lopes refuta as críticas, argumentando que a escolha de Álvaro Madureira, eleito pelo PSD que recentemente se desfiliou do partido, para discursar em nome dos vereadores sem pelouros “foi efectuada pelos próprios, não tendo havido qualquer exclusão por parte do presidente da Câmara Municipal de Leiria”.
Em comunicado, o presidente da concelhia do PSD, José Augusto Santos, acusa Gonçalo Lopes de “excluir o representante do PSD na vereação, ao contrário do que vem acontecendo há longos anos” e de “convidar um ex-militante, o Dr. Álvaro Madureira, agora com o estatuto de independente, para intervir e usar da palavra” na sessão do Dia do Município.
“O Dr. Álvaro Madureira apenas se representa a si próprio e não tem qualquer ligação política ao PSD”, salienta José Augusto Santos, que considera a atitude do presidente da câmara “mais uma afronta ao PSD, o principal partido da oposição”. “Revela a falta de um espírito democrático por parte do presidente da Câmara de Leiria, pouco consentâneo com os princípios que o seu partido diz defender”, acusa o dirigente social-democrata, que expressa “total repúdio perante mais um acto despropositado e prepotente do presidente da câmara”.
Em resposta, Gonçalo Lopes revela que a escolha do representante da oposição na sessão foi comunicada à câmara “por escrito, num texto em que os vereadores [sem pelouro] referem que a decisão foi tomada de comum acordo e de forma unânime”.
“Ao contrário do que diz o PSD, fica claro que o presidente da câmara não excluiu o representante do PSD na vereação de efectuar intervenção, uma possibilidade que, de resto, continua em aberto”, afirma Gonçalo Lopes, em comunicado onde lamenta que o PSD “tente criar um caso político em torno de um episódio que, quando muito, apenas revela falta de coordenação política”.