São vários os moradores da Marinha Grande que reclamam sobre ratos, mau cheiro e falta de manutenção na Ribeira das Bernardas, que atravessa o centro da cidade.
João Brito, vereador, reconhece que a estrutura do curso de água tem “problemas estruturais” e carece de uma intervenção de fundo.
Manuel Gonçalves costuma passear o cão no Parque das Bernardas, atrás do estádio municipal e entende que [LER_MAIS]o que se passa com a ribeira, “já há meses”, é “uma vergonha”. Refere que são feitos despejos de dejectos domésticos e que se observa “lodo e porcaria”, que “atraem moscas, melgas e provocam mau cheiro”.
Um problema que se agrava quando a ribeira perdeu água e a pouca que existe está estagnada, conta Manuel Gonçalves.
Pelas redes sociais multiplicam-se queixas do mesmo tipo, em relação a outros pontos de passagem deste curso de água. Sobre o Parque Mártires do Colonialismo, há relatos de lixo, de ratos e ratazanas, que terão transmitido leptospirose a um cão, que veio a morrer. Local que, alerta a população, é frequentado por crianças.
Também no Parque da Cerca, outra moradora falou ao nosso jornal do “mau cheiro junto ao lago”, onde a água “parece estagnada e sem manutenção”.
João Brito explica que existem “problemas estruturais” e que é preciso investir na requalificação de todo o curso, até ao Parque da Cerca, porque está em causa um “cartão de visita” e é também “uma necessidade ambiental”.
Alguns motores deixaram de funcionar e a água está estagnada, informa. Quanto à vegetação, defende que não se deve cortar por completo, já que as aves “precisam de conforto para nidificar”.
Os patos-bravos não precisam de ser alimentados, e quanto aos gansos, que são mais sedentários, João Brito já deu instruções para que se reduza o volume de comida. Com isto, pretende evitar a proliferação de ratos.
“A mata ardeu, desapareceram as cobras, deu origem à propagação de ratos”, argumenta ainda.
Já os despejos de resíduos, talvez de origem industrial, são um crime ambiental que a autarquia tem verificado, sobretudo no Inverno, e que tem reportado às autoridades. Mas estas não têm meios suficientes para acompanhar as situações, lamenta o autarca.