Leiria recebe hoje a apresentação pública do referencial “Da formação à competição || Como conciliar a formação com a competição”, numa iniciativa do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e do Politécnico de Leiria, através da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS), em parceria com as federações desportivas de futebol, ténis de mesa e patinagem e associações distritais de futebol de Porto, Guarda, Leiria, Castelo Branco e Lisboa.
A sessão realiza-se pelas 15 horas, no auditório do Instituto Português do Desporto e Juventude em Leiria.
No evento serão apresentadas propostas de modelos pedagógicos com e sem classificação, onde o comportamento dos atletas e dos pais tem uma ponderação na classificação final, sendo ainda apresentados casos práticos, projectos-piloto a realizar, bem como um modelo de avaliação dos projectos-piloto.
O trabalho a apresentar é o corolário da reflexão e discussão lançadas no seminário “Como conciliar a formação com a competição”, que se realizou em Maio de 2022, na ESECS, em torno de questões como: pode a competição ajudar na formação desportiva? A formação e a competição são inconciliáveis? Como compatibilizar estes dois aspetos na fase de formação desportiva dos jovens?
“O impacto mediático da competição de Alto Rendimento pode originar a que só um baixíssimo número de jovens praticantes com elevado potencial tenham possibilidade de acesso. Os atletas em formação podem sentir alguma pressão por parte dos seus familiares e outros agentes para vencer. Esta pressão leva, por vezes, a um comportamento violento e de má educação, em particular, por parte dos pais”, refere a IPDJ numa nota de imprensa.
“Por outro lado, o facto de se dar mais ênfase aos resultados, tem levado a um processo de detecção e selecção muito precoce de talentos o que, quando se trata de escalões de formação, pode provocar um conjunto de constrangimentos e originar o abandono prematuro da prática desportiva. Estes modelos classificativos centram-se na dimensão pedagógica do desporto e visam ‘descomprimir’ a pressão por parte dos pais e/ou familiares”, acrescenta a IPDJ.