A Câmara de Caldas da Rainha solicitou ao LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil – uma avaliação às “anomalias” provocadas pelo incêndio que, na passada segunda-feira, atingiu os Pavilhões do Parque. As causas do fogo continuam a ser investigadas, mas, segundo a autarquia, os indícios já recolhidos apontam para a possibilidade de “intervenção humana”.
A par da avaliação solicitada ao LNEC, o município adoptou já um conjunto de medidas “preventivas” na sequência da vistoria pericial realizada ao local, explica, em comunicado, o presidente da câmara, Vítor Marques. Entre as medidas já executadas, está a vedação do perímetro do edifício, “de modo a salvaguardar o risco de queda de revestimentos, empenas ou elementos estruturais constituintes dos vãos das mansardas”.
Os serviços municipais procederam também à limpeza dos detritos resultantes do incêndio, “que podiam constituir uma sobrecarga para a laje, salvaguardando as necessárias condições de segurança”.
Naquele comunicado, a câmara esclarece que, apesar dos danos causados no piso de esteira, nomeadamente nos elementos cerâmicos “mais acentuados nos tectos das duas salas mais próximas do parque”, este “não apresenta evidências de eminente colapso global”.
O município procedeu ainda à “consolidação estrutural temporária das mansardas e da laje” e adoptou medidas de protecção contra as acções erosivas dos agentes atmosféricos, uma intervenção “suportada em estudo/parecer técnico”.
No comunicado, a câmara salienta que durante a execução dos trabalhos preventivos esteve “em permanente” contacto com a administração da Visabeira, grupo que detém a concessão do espaço por um período de 50 anos, com o contrato a prever a reabilitação do edificado para hotel de cinco estrelas, num investimento estimado em cerca de 15 milhões de euros.