Foi apresentado, esta quarta-feira, o Plano de Acção para o Biometano, que determina os eixos orientadores de actuação e os objectivos até ao ano de 2040. Na sessão, que contou com a participação do vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Leiria, Luís Lopes, a convite da organização, foi abordada a visão estratégica para a produção e consumo de biometano, informa a autarquia em nota de imprensa.
A estratégia, prossegue a câmara, é focada em três objectivos: “capacitar sectores estratégicos para o aproveitamento do potencial de biogás, de forma a implementar um mercado interno de biometano; consolidar o desenvolvimento do mercado de biometano nacional enquanto vector estratégico de descarbonização e da bioeconomia; e construir um sector sustentável do ponto de vista social e ambiental”.
“A produção e consumo de gases renováveis assumem um papel fundamental na descarbonização da economia e na atracção de novas indústrias verdes, impulsionando a transição para uma economia neutra em carbono, gerando emprego e potenciando um crescimento económico sustentado. Esta tem sido uma das grandes apostas por parte do Município de Leiria, que está a desenvolver esforços, com o sector privado, para a instalação de duas unidades de produção de biometano nos próximos dois anos, com investimento que ronda um total de 50 milhões de euros”, realça a autarquia.
“O biometano é considerado uma das soluções fundamentais para o problema dos efluentes agrícolas no concelho e da poluição da bacia hidrográfica do rio Lis, já que permite a transformação destes resíduos, de forma ambientalmente eficaz e natural, em gases renováveis, que poderão ser utilizados na rede de abastecimento concelhia”, salienta ainda.