“A precariedade laboral, o desemprego” e a “falência fabril” são questões em pano de fundo no espectáculo que o actor e encenador Manuel Wiborg está a preparar em Castanheira de Pera, através da associação Teatro do Interior, com texto e dramaturgia de Judite Canha Fernandes.
O projecto Uma Promessa de Felicidade é um tríptico a desenvolver até meados de 2025, também nos concelhos de Pedrógão Grande e Pampilhosa da Serra, com o apoio da Direcção-Geral das Artes.
Os intérpretes tanto “podem ser pessoas comuns da comunidade que queiram ter uma prática artística” como “grupos amadores” de teatro ou “ranchos folclóricos, filarmónicas” e “músicos individuais”, que pretendam “envolver-se na produção”, explica Manuel Wiborg, que em 2014 fundou a associação Teatro do Interior, com sede numa aldeia de xisto do concelho da Lousã, com o objectivo de fixar no Pinhal Interior Norte uma companhia profissional.
Nos primeiros seis meses de 2024, Uma Promessa de Felicidade decorre em Castanheira de Pera e a estreia em palco está agendada para o mês de Junho. “Utilizam-se décors naturais que remetam para o tema”. Por exemplo, “antigas fábricas”.
O projecto prevê a criação de outros dois espectáculos, em Pedrógão Grande e Pampilhosa da Serra, sobre as alterações da paisagem rural e florestal e a transumância (no primeiro caso) e acerca do fenómeno das migrações. Tiago Patrício e Gaelle Istambul são os autores convidados (texto e dramaturgia).
“Cada uma das três peças circula” e “é apresentada nos três concelhos” e “em Lisboa, na respectiva casa do concelho, no fundo, são quatro locais de apresentação”, conclui Manuel Wiborg.