Sediado na Marinha Grande, o Grupo Moldetipo está a expandir o seu negócio em Marrocos. Reduzir a dependência da Europa e ganhar mercados em África são os objectivos, adianta Rui Silva.
A exportação foi desde sempre o foco da Moldetipo desde que a empresa foi criada em 1996, recorda o responsável. Depois da Marinha Grande, onde se dedica ao fabrico de moldes e à produção de peças plásticas, o grupo começou a operar no México (a partir de 2000), onde se dedica à manutenção de moldes e a algumas alterações. Em 2008, inaugurava um gabinete na China e, em 2015, uma unidade na Índia, que emprega cerca de 50 pessoas e produz moldes até 40 toneladas para o mercado local.
Já este ano, adianta, a expansão do negócio acontece em Marrocos. “Iniciámos [LER_MAIS]em Março, com a injecção, e o objectivo é arrancar em Outubro com uma unidade de manutenção de moldes e serviço pós-venda” especifica o empresário.
Totalmente exportador, o Grupo Moldetipo emprega perto de 180 colaboradores e trabalha essencialmente para a indústria automóvel (70% do que produz). Em 2023, alcançou um volume de negócios na ordem dos 16 milhões de euros, o que correspondeu a um aumento de 10% face ao ano anterior.
Para Rui Silva, o crescimento deve-se à capacidade de adaptação que o grupo tem desenvolvido. Até há cinco anos, por exemplo, Alemanha era o mercado com mais peso para a Moldetipo. A partir do momento em que aquela economia começou a contrair, foi preciso explorar melhor outras. E Suécia, Estados Unidos e França são hoje os principais destinos da produção do grupo.
Quanto a Marrocos, refere o empresário, é uma aposta que pretende reduzir a dependência da Europa e penetrar noutros países africanos. “Estamos a começar a trabalhar na Tunísia”, exemplifica Rui Silva.
Além da presença da Stellantis em Marrocos (uma das principais fabricantes mundiais de automóveis), o empresário realça que, através daquele ponto, é mais fácil chegar ao mercado francês e espanhol do que partindo da Marinha Grande, o que contribui para a redução de custos com logística.
A transferência de empresas para Marrocos também se tem verificado porque a mão-de-obra é mais competitiva e começa a ser qualificada, além de que existem incentivos garantidos por parte do governo local, expõe o responsável.