A construção do novo centro de saúde da Batalha vai permitir prolongar a zona urbana e criar um projecto com “mais de 300 habitações” previstas, afiança Raul Castro, presidente da Câmara Municipal da Batalha.
Previsto para a localidade de Freiria, os acessos ao centro de saúde serão construídos por promotores privados que, com a constituição do loteamento, podem agora seguir com um projecto habitacional, adianta o autarca.
A abertura do procedimento para o centro de saúde esteve em debate na última reunião camarária, na segunda-feira (3 de Junho), e os vereadores da oposição levantaram dúvidas sobre a construção das acessibilidades ao espaço.
“As obras das infra-estruturas ficam a cargo do privado. E se o privado não as fizer? Há um conjunto de incertezas que podem pôr em causa o acesso ao centro de saúde”, defende Ana Rita Calmeiro, vereadora da oposição eleita pelo PSD.
Apesar de Raul Castro garantir que existirá um acordo escrito entre os proprietários dos terrenos onde será construido o centro de saúde que permite o acesso ao edifício, o PSD manteve a sua preocupação, ao afirmar que o loteamento tem um prazo de execução maior que o centro de saúde, o que poderá condicionar o posterior acesso ao local, depois de inaugurado.
“O risco de termos um centro de saúde concluído sem termos acesso ao mesmo é elevadíssimo”, afirmou Ana Rita Calmeiro, ao JORNAL DE LEIRIA.
Ao frisar que os membros da oposição estão “favoráveis à construção do centro de saúde”, a vereadora aponta “muitas fragilidades” no projecto e lembra que envolve “dinheiros públicos”, sendo financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência em mais de quatro milhões de euros.
Raul Castro recusa este cenário e garante que todos os acessos “vão aparecer feitos”.
“O loteamento implica ter uma área de cedência que aproveitamos para construir o centro de saúde”, adiantou o autarca, ao explicar que os privados têm interesse próprio em estabelecer os arruamentos, já que pretendem desenvolver um empreendimento urbanístico.