O primeiro espectáculo da edição de 2024 do Nascentes com protagonistas internacionais acontece esta quinta-feira e vai manifestar a estética contemporânea que as Haepaary usam para reconstruir sonoridades ancestrais e tradicionais da Coreia do Sul. Com o EP Born by Gorgeousness, a dupla originária de Seul venceu a categoria de melhor álbum de música electrónica nos Korean Music Awards 2022. O concerto tem início às 19:30 horas na casa da Lisete.
Ainda hoje, mas às 20:30 horas, o projecto Insan Insan ocupa a eira das Camarinhas, com uma abordagem em que a cantora turca Sibel Durgut e o produtor franco-americano Thomas Attar Bellier, baseados em Lisboa, misturam a electrónica e o rock com a herança do Médio Oriente.
A fechar o segundo dia do festival, que decorre na aldeia das Fontes, junto ao rio Lis, no concelho de Leiria, outro duo, O., proveniente de Londres, instala pelas 22:30 horas na adega do Luís um território dançável em que se expressa a urgência do rock experimental e a improvisação do jazz. O mais recente álbum, WeirdOs, tem avaliação de 7.3 pelo site Pitchfork e de 4 em 5 pelo NME.
O cartaz mais internacional de sempre no Nascentes, todo de acesso gratuito, oferece, até ao próximo domingo, 7 de Julho, concertos com músicos e bandas de 18 nacionalidades e quatro continentes, alguns deles em hortas e eiras que temporariamente se transformam em anfiteatros ao ar livre.
No alinhamento há raízes da África do Sul ao País Basco, da Holanda ao Brasil, da Coreia do Sul ao Iémen, da Turquia a Cabo Verde ou Síria, entre outras geografias.
Uma programação que exibe “uma verdadeira tapeçaria multicultural marcada pelo cruzamento de influências”, destaca a organização do festival, a cargo da Ccer Mais e Omnichord em parceria com os habitantes das Fontes e com a Associação Cultural e Recreativa Nascentes do Lis.
Na apresentação disponibilizada pelo Nascentes, destaque para o “afro-psicadelismo” dos BCUC, da África do Sul, que já actuaram em Glastonbury e vão encerrar a edição de 2024 no domingo, pelas 17:30 horas, no palco da nascente do Lis.
Mas há mais: “a música de inspiração globetrotter” dos Collignon, a “reinterpretação” de Verde Prato “sobre a língua e cultura basca”, “a diáspora musical das Américas, Ásia e África” dos Yeli Yeli, “o mergulho nas águas culturais da identidade do Nordeste brasileiro” dos Rastafogo, a “folk e pop iemenita” dos El Khat, “a ponte transatlântica entre Cabo Verde e Amazónia” dos Arapucagongon, “o hipnotismo dos teclados sírios” de Rizan Said, “o imaginário” do cabo-verdiano Claiana e a “salsa caldeirão cultural” de La Tremenda Sonora.
Horários e informações em www.nascentes.pt.