A Junta de Abiul não deixou cair em saco roto as várias sugestões deixadas por Rui Rua no âmbito da sua tese de mestrado em Turismo de Interior. Volvidos quatro anos desde que o jovem da terra concluiu a sua pesquisa na Escola Superior de Educação de Coimbra, a Junta já fez várias intervenções para recuperar o seu património arquitectónico, grande parte dele datado da Época Medieval.
Presentemente, prepara-se também para avançar com a criação de um percurso pedestre, que motive os turistas a visitar não só o património arquitectónico do centro de Abiul, como os moinhos de vento edificados a alguns quilómetros do centro.
Rui Rua identificou vários pontos de interesse na vila, bem como um conjunto de moinhos de vento, alguns dos quais já em ruína, localizados em Corujeiras, a escassos quilómetros do centro de Abiul. Reconhece que o trabalho a fazer pode ser lento, mas salienta as [LER_MAIS] potencialidades de uma oferta turística estruturada. Essa é também a convicção de Sandra Barros, presidente da Junta de Freguesia, que quer tornar Abiul num dos destinos a visitar no concelho de Pombal.
Até agora, a Junta já tratou da recuperação de vários pontos de interesse identificados por Rui Rua, juntando suportes de informação aos monumentos. Entre eles está“um nicho da capela do palácio dos duques de Aveiro, construído no século XVI”; o arco manuelino de Abiul, que “é um dos elementos que resta do palácio de André de Silva Coutinho, edificado entre os finais do século XV e os primeiros anos do século XVI”; ou o Forno do Bodo, que “terá sido construído em 1567” e que estará “relacionado com a Lenda do Milagre de Nossa Senhora das Neves”.
Até Fevereiro, a Junta aguarda ainda resposta da Terras de Sicó e do Turismo de Portugal quanto à possibilidade de apoiar Abiul na recuperação dos moinhos, projecto articulado com a criação do percurso pedestre. Mas Sandra Barros está determinada e adianta que, com ou sem apoio, este projecto avançará. Entretanto, também a Autarquia adquiriu um moinhos para assegurar a sua reabilitação.