São Bento é “finalmente uma freguesia do século XXI”, com todos os lugares servidos com rede pública de água e fibra óptica. A afirmação, em jeito de constatação, foi proferida pelo presidente da Câmara de Porto de Mós, Jorge Vala, à margem da cerimónia de descerramento da placa que assinala a conclusão da rede de abastecimento de água a São Bento e ao concelho.
O acto “simbólico”, que marca um acontecimento “histórico”, teve lugar esta terça-feira, precisamente no Dia Mundial da Água. “É um momento de felicidade, quase inqualificável. Com praticamente um quarto do século XXI passado, conseguimos ter o concelho completamente servido com um bem essencial”, afirmou o autarca, lembrando que este foi um compromisso que assumiu em 2017, quando iniciou funções.
Jorge Vala confessa-se, por isso, “orgulhoso” pela concretização de uma “opção política”, mesmo que seja para “benefício de poucos”, atendendo a que São Bento tem à volta de 750 habitantes. Mas, “nem que fosse só uma pessoa, valeria a pena, porque se trata de um bem essencial”.
A conclusão do abastecimento a São Bento, que era a única freguesia do concelho que ainda não estava servida, representou um investimento a rondar um milhão de euros, executado nos últimos quatro anos, valor que “inclui pavimentações”.
Só a última empreitada, agora inaugurada, custou cerca de 230 mil euros, e permitiu levar a rede de água a nove aldeias (Casais de Santo António, Covas, Espinheiro, Covão do Frade, Moliana, Fontainhas, Moita do Açor, Paiã e Pia Carneira). Ficarão a faltar algumas “pontas” de localidades, com casas isoladas, mas “todos os lugares do concelho” já têm abastecimento público, realça Jorge Vala.
Também Luís Ferraria, presidente da Junta de São Bento, não esconde a satisfação por “finalmente” a água da rede pública ter chegado a todas as aldeias, numa freguesia “sem rios nem nascentes” e que, desde tempos imemoriais, se habituou à “cultura da cisterna”.
“Antigamente, antes de começar a casa, construia-se a cisterna”, lembrou o autarca, que deixou um apelo aos moradores para que façam a ligação à rede. “Uma obra desta envergadura, merece ser compensada, ou seja, usada”, disse.
A mesma advertência é feita pelo presidente da câmara, que sublinhando o carácter “obrigatório” da adesão. Jorge Vala está confiante que assim será, a avaliar pelo que aconteceu nos lugares de Espinheiro, Covão do Frade e Moliana, os três primeiros da última fase de abastecimento, onde a adesão ao sistema foi “bem sucedida”.