Não se adivinham bons tempos, segundo a visão de várias personalidades convidadas pelo nosso jornal a perspectivar 2023. A falta de profissionais de saúde e o fecho de serviços de urgência, as greves de professores, a subida de preços de energia e de produtos alimentares e o aumento das prestações da habitação são alguns dos constrangimentos com os quais os portugueses, muito provavelmente, se continuarão a deparar ao longo deste ano.
A guerra entre Rússia e Ucrânia deverá manter-se, com forte impacto na economia nacional. Será preciso apoiar as empresas, aumentar os salários e avançar para a reestruturação de fundo dos serviços para que alguns destes problemas sejam minimizados, propõem alguns dos analistas ouvidos pelo JORNAL DE LEIRIA.
Refeições, prestação da casa e gasóleo mais caros
“Somos uma pequena economia aberta, muito exposta e dependente de toda a componente internacional”, contextualiza Eduardo Nogueira, economista de Alcobaça. Nessa medida, o especialista preconiza que os efeitos da guerra continuem a penalizar os portugueses em 2023. “Os primeiros seis meses serão marcados pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. O Inverno e o frio serão aliados da Rússia, que, impedindo os ucranianos de ter aquecimento, agrava a dificuldade de um povo que está em sofrimento. Acredito que só depois do Inverno se voltem a equilibrar os pratos da balança”, estima o economista, para quem tal situação terá consequências no aumento dos preços das energias.
No sector alimentar, “acho que nós pagamos o esforço da guerra e alguns países, que têm posições dúbias, é que estão a beneficiar e a receber os cereais. Portanto, continuarão a subir os preços dos alimentos”. Ainda que a necessidade de [LER_MAIS]as empresas concorrerem entre si possa fazer diminuir o efeito da inflação, acredita Eduardo Nogueira.
Isto porque “a inflação leva à redução da economia e as empresas que querem vender vão chegar à conclusão que não podem aumentar tanto os preços e têm de reduzir as suas margens”, defende o especialista. “Há empresas que se aproveitam da conjuntura e aplicam margens muito superiores àquelas que a conjuntura explica ou determina. E terão de se ajustar, sob pena de perderem clientes e de verem as suas vendas diminuir”, explica Eduardo Nogueira.
No que à habitação diz respeito, “as taxas Euribor a seis meses estão a 2,75%, o que representou um grande aumento em pouco tempo”, constata o economista, estimando que em 2023 ainda poderá haver mais subidas. “Se aumentarem muito será muito mau, no tempo em que muitas famílias portuguesas já estão endividadas”, nota Eduardo Nogueira.
“Não sinto que as perspectivas sejam muito animadoras. Deveriam ser criadas condições, por parte das empresas, para que houvesse um aumento de salários e as famílias pudessem recuperar o que perderam em 2022. Alguns sectores têm condições para o fazer. E o Estado deveria apostar em incentivos. O Governo deveria conhecer melhor a realidade das empresas”, considera o especialista.
“Mas acredito que no segundo semestre comecem a surgir alguns sinais de recuperação, até porque o turismo tem sido um grande motor da economia em Portugal”, acrescenta Eduardo Nogueira.
Professores saem à rua em protesto
No campo da educação, se não forem realizadas mudanças estruturais, Célia Catulo, professora na região de Leiria e membro do STOP (Sindicato de Todos os Professores), antevê um ano agitado por greves de pessoal docente e não docente “pela defesa de uma escola pública de qualidade”.
“Vamos continuar a fazer contestação ruidosa ao longo do ano, em vários municípios, um pouco por todo o País”, salienta a professora, que enumera diversas razões para o descontentamento. “Roubo do tempo de serviço; precariedade do trabalho em muitas escolas do País; municipalização do pessoal não docente, situação que não está a correr da melhor forma, que deve ser revertida, e que não queremos que se estenda aos professores; continuaremos a lutar pelo respeito da lista de graduação; contra o formato actual da avaliação de desempenho e também de contratação (para que um professor contratado possa entrar na carreira tem de ter obrigatoriamente somado três anos consecutivos de horário completo. Além de ser injusto é ridículo quando a classe está a envelhecer); e é preciso alterar as regras que dificultam aos colegas obter mobilidade por doença”, especifica Célia Catulo.
Para Cesário Silva, director do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente, “será um ano em que vai ser importante que o Ministério da Educação tenha um olhar sobre o funcionamento das escolas, a necessidade de aproximar professores e contribuir para a sua integração nos quadros, promovendo mais estabilidade e qualidade à educação”.
“Do ponto de vista pedagógico, devemos apostar nos níveis de autonomia das escolas para que tenham um papel mais relevante nos seus planos de inovação, aproximando-se mais das necessidades dos seus alunos, mais ligadas às necessidades dos seus territórios e comunidades”, defende o professor.
Possível aparecimento de novas sub-variantes de Covid
Salvato Feijó, director clínico do Centro Hospitalar de Leiria, antevê ainda problemas nas urgências, mas acredita numa melhoria no acesso aos cuidados de saúde.
“Este Inverno vai levantar sérias pressões sobre o sistema de saúde a nível nacional e transversalmente em todas as instituições. Os ingleses apontavam já há alguns meses para que este talvez seja o Inverno mais difícil dos últimos 50 anos”, afirma.
“Há também a fadiga médica resultado da pressão sistemática nos últimos dois anos sobre os profissionais de saúde e um aumento – que até agora ainda não conseguimos explicar – da procura da urgência, do ambulatório e dos cuidados de saúde primários, mesmo ao nível do privado”, adianta.
O médico alerta ainda para o possível aparecimento de novas sub- variantes de Covid, até pela situação que a China está a enfrentar com uma alteração de política de saúde. “Esperemos que sejam mais transmissíveis, mas menos graves. Mas, a possibilidade de ver uma sub-variante mais grave pode sempre surgir”, adverte, ao salientar que o País tem enfrentado uma “conjuntura de Covid, influenza (gripe) e de vírus sincicial respiratório nas crianças”, e que “esta conjugação de factores vai levar a que as estruturas de saúde estejam seriamente pressionadas”.
Nesse sentido, pede ao poder político que avance com “campanhas simultâneas nos media” para aumentar a literacia na saúde, de modo a “limitar a afluência às urgências”. Maior organização na saúde “A saúde precisa de organização e de um olhar importantíssimo para o mapa hospitalar em Portugal”, aponta o médico.
Salvato Feijó constata que “enquanto a Área Metropolitana de Lisboa, com 2,7 milhões de habitantes, tiver 16 hospitais gerais – um número superior aos que existem em Londres ou Nova Iorque – nunca haverá recursos humanos nem económicos suficientes”. Por isso, defende uma “reorganização do mapa hospitalar” em todo o País. E confia na nova equipa de saúde liderada pelo director executivo Fernando Araújo. “Se tiverem as condições políticas para fazer aquilo que é necessário, teremos um caminho a percorrer e não é só dinheiro que a saúde precisa”, sublinha, ao referir que os sinais já estão a aparecer. “Se nada for feito, a queda progressiva do Serviço Nacional de Saúde é inalterável. É agora que as coisas têm de ser feitas.
As medidas que estão a ser tomadas dão ideia de que as coisas estão a mudar e que se quer mudar. Isso é um estímulo para quem começa e quer ter uma vida profissional capaz, com formação com investigação, com capacidade formativa. Tudo isso é importantíssimo para um jovem médico”, acrescenta. Sobre as dificuldades que Leiria tem tido em fixar médicos, Salvato Feijó atribui o problema – comum a todos os hospitais – à “canibalização dentro do sector público”.”
A Unidade Local de Saúde da região de Leiria está a ser formada, prevista para entrar em funcionamento em meados/finais de 2023, e será uma “mais-valia”, segundo Salvato Feijó. O director clínico acredita que este “pode ser um passo impulsionador para a melhoria dos cuidados de saúde da região, pela integração de cuidados hospitalares e cuidados de saúde primários”, mesmo podendo ter “alguns pedregulhos no caminho”, que se vão limando.
Aumento do desemprego, uma hipótese que preocupa
Além da subida do preço de bens e serviços essenciais, do pão à energia, há dois factores que preocupam o presidente da Cáritas Diocesana de Leiria- Fátima, quando convidado a perspectivar o ano de 2023: a estabilidade do emprego e a guerra.
José Marques de Sousa avisa que uma subida do desemprego viria acrescentar ainda mais dificuldades num cenário que já é exigente, e, por outro lado, a ocorrer um novo fluxo de refugiados, com origem na Ucrânia ou noutro ponto do globo, as instituições que estão na rectaguarda, a distribuir ajudas, seriam chamadas, outra vez, a esforços redobrados.
Na opinião de José Marques de Sousa, é certo que o ano de 2023 “vai ser mais difícil” e a Cáritas de Leiria-Fátima projecta trabalhar com um orçamento que é 10% maior, numa tentativa de alinhamento com a inflação. “É uma incógnita, ninguém pode prever o que vai acontecer, mas temos de acautelar toda a situação”, comenta. “As pessoas que estão a ser apoiadas vão continuar a ser apoiadas, agora, casos novos, vamos ver como vai ser. Estamos a preparar-nos, mas temos de pensar muito a sério, com estas situações que vêm para aí.
Aumentos de pão, de luz, de água, continuamos a fazer esses pagamentos e as pessoas estão sempre a solicitar”. José Marques de Sousa lembra que há “muita gente a trabalhar com salários mínimos” que não consegue “pagar aquilo que tem de pagar”, daí o recurso a instituições como a Cáritas Diocesana de Leiria-Fátima, que só desde Outubro abriu entre 30 a 40 processos novos.
Para 2023, José Marques de Sousa preconiza, também, a necessidade de continuar a aprofundar o trabalho em rede com as câmaras municipais e com a Segurança Social, entre outros parceiros do sector social.
Cultura pode encontrar “ainda mais contrariedades”
Para Hugo Ferreira, fundador da editora Omnichord, o ano de 2023 será, provavelmente, “um ano difícil e de transição” e o sector da cultura não deverá escapar ileso, a confirmarem- -se os piores cenários.
“A cultura, apesar de essencial para nos permitir a todos uma vida mais equilibrada e saudável e estimular o conhecimento, a reflexão, a criatividade e a curiosidade, que vão ser armas tão fortes para ultrapassarmos os próximos desafios da Humanidade, é muitas vezes vista como a menor das prioridades no que toca a gastar (ou investir) o pouco que nos sobra no bolso”, argumenta, apoiado nas previsões da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.
“O crescimento passa de quase 7 para pouco mais que 1 e a inflação apenas abranda de 8,8 para 6,6%”. Com preços em alta na energia e nas matérias- primas, e com as taxas de crédito também a subir, leva facilmente à dedução de que “o poder de compra das famílias dificilmente será reposto, e pode mesmo agravar-se, mesmo com a necessária actualização/ aumento de vencimentos”, logo, alguns sectores, como é o caso da cultura, podem vir a encontrar em 2023 “ainda mais contrariedades”, sobretudo, “no que depende de bilhética e de parcerias privadas”.
Com a Omnichord e a cooperativa Ccer Mais muito envolvidas no trabalho com comunidades e com o sector da educação, Hugo Ferreira perspectiva a necessidade de uma “curadoria muito equilibrada” e “partilhada”, de modo a que a cultura se assuma “cada vez mais como sendo de todos e para todos”, por forma a que “estimule a empatia e a partilha”.
Nazaré espera regresso das ondas grandes
Nuno Santos, surfista de ondas grandes e antigo docente do ensino superior na área do Desporto, acredita que o ano desportivo em Portugal será marcado por vários acontecimentos, alguns deles mesmo na região. Por ordem de importância, 2023 será, palco da passagem de testemunho de Leiria, para Viana do Castelo do título de Cidade Europeia do Desporto.
“Será um acontecimento importante, especialmente após o sucesso que foi a edição de 2022, em Leiria”, sublinha.
Na sua lista, segue-se a participação da Selecção Nacional de Rugby, no Campeonato do Mundo, que se realizará em França. “É a segunda vez que os Lobos participam na fase final de um Campeonato do Mundo.” Terceiro na lista, mas primeiro cronologicamente, está o Campeonato de Ondas Grandes, na Nazaré, que se encontra em período de espera. Uma vez que as ondas gigantes não deram um ar de sua graça nos últimos dias de 2022, é expectável que apareçam no início de Janeiro, trazendo de volta a grande espectacularidade desta competição, com grandes duelos a acontecer em cima de massas de água com o tamanho de arranha-céus.
“Em termos institucionais, destaco a realização da grande feira do turismo de Madrid, a FITUR, onde, pela primeira vez, o turismo desportivo será apresentado como grande aposta. O Desporto é um dos produtos turísticos com maior crescimento globalmente.” Por fim, o antigo docente encerra a lista com a realização do Congresso da Plataforma Europeia do Desporto.
“A organização será da Confederação do Desporto de Portugal e será um momento muito importante para o desporto no nosso País, porque iremos receber o organismo que agrega todo o desporto europeu”, acredita, recordando que toda a prática desportiva no continente assenta no movimento associativo e amador.
Monitorização de água, solos e das espécies invasoras
Para o ambientalista Mário Oliveira, o arrastar das pastas associadas às alterações climáticas, como aconteceu no fiasco da Cimeira do Cairo, em 2022, é um cenário que deverá voltar em 2023. “Foi mais um episódio dramático para a Humanidade”, afirma, advertindo que a contínua destruição dos ecossistemas irá arrastar todo o planeta para a tragédia.
O presidente da associação ambiental de Leiria Oikos elege como importante para 2023, a monitorização das águas e solos e solução em definitivo para os tratamentos dos efluentes suinícolas e não esquece a urgência em fazer um levantamento, no seio da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, das espécies invasoras.
“Não são apenas já espécies vegetais, há já bastantes animais e isto deve ser feito antes que se torne insustentável. Já não conseguiremos erradicar estas espécies, mas apenas controlá-las.”
No próximo ano, é preciso começar a explicar convenientemente às populações o que está a ser feito para a adaptação às alterações climáticas. “Em Leiria, existe um plano local exigente e era importante discuti-lo com as pessoas. Noto até que houve regressão em alguns casos.
Em 2000, Leiria gabava- se de ser uma das cidades europeias onde havia um Dia Sem Carros, onde se promovia a deslocação por meio não poluentes. Agora, comemora-se a ‘semana dos automóveis’, violentando o ambiente e as pessoas, com poluição sonora e não só.” Quanto ao desejo de monitorização de águas e solos a partir de 2023, Mário Oliveira recorda que continua a ser feito o espalhamento de efluentes suinícolas nos campos e que estes, depois, se infiltram nos solos e lençóis freáticos.
“Há substâncias a serem absorvidas, entre elas antibióticos, e que, depois, são absorvidas pelas plantas que servem para a nossa alimentação. A própria água também acabará por ser consumida por nós. É preocupante não haver monitorização da qualidade dos recursos hídricos e dos solos. Não sabemos como estão a ser modificados”, avisa.
Ano político sem eleições, mas com desafios
Sem eleições no calendário, 2023 prevê- se, no entanto, um ano politicamente difícil e desafiante. Essa é, pelo menos, a análise dos presidentes das distritais de Leiria do PS e do PSD, os partidos com maior representação no Parlamento.
Do lado dos socialistas, Walter Chicharro está convicto que este será um ano “fulcral” para o País e para a região. Com a economia global a arrefecer e com as taxas de juro a subirem, o foco “tem de estar nas pessoas”, defende o socialista, em sintonia de pensamento com Hugo Oliveira, líder da distrital do PSD, que espera do Governo “consciência” para aplicar o “excedente orçamental na ajuda às famílias”.
“Se é verdade que as taxas de desemprego continuam baixas (e assim espero que se mantenham), também não deixa de se verdade que as taxas de juro dificilmente vão descer o que levanta uma especial preocupação com as famílias mais vulneráveis”, reforça Walter Chicharro, antevendo que a inflação “obrigará” o Governo a tomar medidas excepcionais de mitigação” dos efeitos da subida de preços.
Desejando, por um lado, que o executivo socialista acompanhe com reforço de apoios o esperado agravamento das condições de vida dos portugueses, Hugo Oliveira teme, por outro lado, que se mantenha o cenário de “instabilidade política”, com o surgimento de mais “casos e casinhos” envolvendo membros do Governo.
“Há questões ainda penduradas, que podem dar origem a novos casos”, antevê. Olhando para a região, tanto Walter Chicharro como Hugo Oliveira, pedem investimento público em obras estruturais, como o novo hospital do Oeste e a ampliação do de Leiria e a requalificação da linha do Oeste.
O socialista reclama ainda que “sejam dados passos fundamentais” na resolução do problema dos efluentes suinícolas, na requalificação do IC8 e na concretização do IC11 (entre Peniche e Torres Vedras) e do aeroporto em Monte Real.
O líder da distrital do PSD acrescenta duas outras reivindicações: melhores cuidados de saúde primários e a constituição da Unidade de Saúde Local da Região de Leiria.
Alguns factos que deverão marcar 2023
Início das obras na torre Nascente do estádio municipal de Leiria para acolher os serviços locais e distritais das Finanças. Ainda sem calendarização, está a intervenção na restante área.
Decisão sobre a localização do novo hospital para a região Oeste, que o ministro da Saúde prometeu anunciar ainda no primeiro trimestre
Conclusão das obras de ampliação da área de localização empresarial de Porto de Mós, no valor de 4,2 milhões de euros, a maior empreitada alguma vez lançada pelo município
O consórcio Vale Hidrogénio Verde Nazaré, que prevê investimentos de mais de 100 milhões de euros para produzir hidrogénio verde na região, espera iniciar a instalação da infra- -estrutura este ano
Está previsto o início da expansão, no Carriço (Pombal), da reserva estratégica de gás natural, com mais duas cavidades com capacidade de 1,2 TWh. O investimento de 40 milhões euros estará concluído dentro de dois a três anos.
Completam-se 25 anos sobre a descoberta do Menino Lapedo, no Abrigo do Lagar Velho, em Santa Eufémia Leiria
Definição de novo modelo de governança e futuro da Rede Cultura
Leiria ganhará dois novos espaços culturais, com a conclusão esperada do Centro de Artes Villa Portela e da Black Box no antigo paço episcopal
Estádio de Leiria acolhe, pelo terceiro ano consecutivo, a final four da Taça da Liga, a realizar de 24 e 28 de Janeiro, com Sporting, FC Porto, Arouca e Académico de Viseu
O leiriense Pedro Portela marca presença no Campeonato do Mundo de Andebol, a realizar de 11 a 29 de Janeiro. É o segundo Mundial da carreira do atleta
Leiria volta a ser palco da Taça da Europa de Lançamentos, de 11 a 12 de Março
De 2 a 5 de Março decorrerá o Campeonato da Europa de Atletismo de Indoor, onde Auriol Dongmo, atleta radicada em Leiria, será uma candidata à vitória. Em Agosto, realiza-se o Mundial de Atletismo, com presença esperada de Auriol, forte candidata a uma medalha