João Pedro é diabético há 20 anos. A doença foi-lhe diagnosticada quando tinha 15 anos. A sede constante, que “nem um rio matava” e as dezenas de vezes, por dia e por noite, que tinha de ir à casa-de-banho urinar, além de uma ferida que teimava em não cicatrizar, levaram os pais a solicitar uma consulta no médico de família.
“Os sinais eram evidentes de Diabetes Tipo I, mas recordo-me que fui a uma consulta de manhã, onde o médico me subscreveu várias análises. Ao fim da tarde, os meus pais foram ter comigo à escola, durante uma aula de Filosofia, para eu ir ao hospital. Fiquei internado 15 dias, para baixar os níveis de gliecemia e aprender a monitorizar e tratar a doença com terapia de insulina”, recorda.
Hoje, a doença é controlada com muito exercício físico, uma dieta controlada e pobre em açúcares, farinhas, amidos, sal ou gorduras e a incortornável insulina.
Aos 35 anos, João Pedro diz que até tem melhor forma física do que a maioria dos seus amigos saudáveis. “Comecei cedo a cuidar de mim”, diz, com um sorriso.
“Todos os dias são um jogo, entre a meta ideal de glicemia e aquilo que como e a insulina que tenho de tomar. Mas a tarefas tornou-se mais fácil nos últimos anos. Quem não tem diabetes, deve apostar num estilo de vida saudável, com alimentação saudável e muita actividade física”, sublinha João Pedro.
Amanhã, dia 14, celebra-se o Dia Mundial da Diabetes, doença que é responsável pela morte de uma pessoa em cada oito segundos, sendo em Portugal a quarta causa de morte, afectando mais de 13% da população portuguesa.
Estima-se que 44% das pessoas com diabetes estão por diagnosticar, especialmente as afectadas pelo Tipo II. Além de ser um factor de risco nas principais causas de morte, é responsável directa por morbilidades que provocam um elevado grau de incapacidade e diminuição acentuada da funcionalidade, como a cegueira e amputação.
Amanhã e ao longo de Novembro, o Centro Hospitalar de Leiria (CHL) sensibiliza a comunidade para prevenir e viver com a diabetes, através da Unidade Integrada da Diabetes do CHL, integrada na Unidade Coordenadora e Funcional da Diabetes.
Ao longo do resto do mês serão divulgados cartazes com alertas e dicas sobre a diabetes no Hospital de Santo André, em Leiria, além de painéis publicitários e redes sociais dos municípios de Leiria, Porto de Mós, Batalha, Marinha Grande e Pombal.
OCastelo de Leiria estará amanhã iluminado de azul, para assinalar a efeméride. Serão ainda divulgados artigos de opinião, textos informativos, um vídeo e um questionário, destacando várias vertentes desta patologia crónica, e que serão publicados no site e na página de Facebook do CHL.