Como é que alguém de Guimarães vem investir no futebol da União de Leiria?
Depois de analisarmos o potencial que tem, decidimos apostar na marca Leiria. Foi por isso que viemos, mas posso partilhar o início da história. Tudo começou com um infortúnio. Tinha em Leiria uma pessoa amiga que infelizmente faleceu, o senhor Carlos Santos. Fazia o favor de ser meu amigo – e eu amigo dele – e há cerca de um ano, no seu velório, pessoas amigas abordaram-me no sentido de pensar abraçar a União. A recusa foi imediata, porque tinha a minha vida lá em cima e é muito longe. Nesse mesmo dia, amigos em comum deram o meu contacto ao senhor vereador Ricardo Santos. Justiça tem de lhe ser feita, porque a partir daquele dia nunca mais me largou a perna. Foi pela insistência do engenheiro Ricardo Santos que chegámos a este epílogo. Foram meses de muita análise, estudo, porque é assim que olhamos para estas coisas. Está em causa não só o nome das pessoas, mas ao liderarmos um projecto desta monta não nos representamos só a nós. Sabemos que seremos a principal bandeira da cidade e queremos que Leiria e a União façam jus ao nome. Que leirienses e unionistas se unam e que o seu clube de futebol, que vai representar a cidade e o concelho, seja motivo de orgulho.
O que tem a marca Leiria de mais interessante?
Sou natural de Guimarães, como sabe, e vou fazer um paralelismo. Pertenço a um distrito que tem cinco clubes na 1.ª Liga de futebol. Se repararmos que entre Lisboa e Porto, que são centenas de quilómetros, existe apenas um clube na 1.ª Liga que é o Tondela, de uma forma objectiva temos de dizer que esta aposta em Leiria, que é capital de distrito, tem tudo para crescer. Partimos de uma base diria até abaixo de zero e tudo o que possamos fazer vai acrescentar, porque mais fundo não se pode bater. Mas tem muito potencial, do ponto de vista desportivo e não só, porque o futebol é muito mais do que o aspecto desportivo.
Como assim?
Hoje, bem ou mal, o futebol é um dos maiores, se não o maior, veículo de promoção das terras. Nós acreditamos nesta região e somos de fora! Todas as pessoas que integram neste projecto – desde o Júlio Mendes, que além de amigo é sócio da empresa, ao Miguel Machado, ao Fernando Araújo e ao Rui Romeiro, que são pessoas muito conhecidas do mundo de futebol e empresarial e que representam os seguros Caravela e Sabseg, o senhor António Silva, uma pessoa experimentada que já foi presidente do Merelinense, um clube da zona de Braga, mas que também é um empresário de sucesso, o Pedro Campos e o Ricardo Almeida, que não estando muito ligados ao desporto têm as suas empresas e sabem a força que o futebol tem – percebem que Leiria é uma marca que surpreende pelo dinamismo empresarial. Tem empresas de referência a nível nacional que nem sabia que eram de cá. Queremos que as pessoas acreditem que seremos capazes de promover o potencial das suas empresas. Leiria tem o mar aqui à porta, tem montanha. Leiria assume esta centralidade de forma natural e este potencial é inequívoco. Há terras pequenas deste país que são conhecidas pelo mundo inteiro graças ao futebol. Nós temos esse know-how.
Vieram, mas receberam uma herança pesada.
De facto, a herança é pesada, mas não vou pedir aos leirienses que a paguem. Sabemos o risco que corremos, mas mesmo assim acreditámos e somos os primeiros a acreditar. O que pedimos às pessoas é que façam este exercício de humildade de não dizerem que nos metemos num buraco e não sabemos como sair. Sabemos como sair, mas queremos fazer deste projecto mais do que uma plataforma giratória de jogadores. Isto não é arrogância da minha parte, é uma constatação: os leirienses não podem olhar para este projecto e achar que vieram uns indivíduos do Norte pagar-lhes as contas. Vamos honrar os compromissos. É uma certeza que queremos mudar o selo que a União de Leiria tem. Pode ser uma expressão forte, mas não foi uma pessoa de bem e temos de assumir isso. Ficou a dever-se a muita gente, o incumprimento foi pesado, de facto, mas que queremos mudar o selo e vamos mudá-lo. Através do profissionalismo que queremos incutir, do rigor e da credibilidade. Quando se fala de Leiria, tem de se falar pelos aspecto positivos. Só assim é que podemos ser ambiciosos e não viemos para manter o status quo instalado. Viemos para valorizar a marca Leiria, queremos colocar Leiria no mapa do futebol, na 1.ª Liga. É esse o objectivo, o mais rápido possível. Não digo que Leiria merece. Leiria tem é dimensão de 1.ª Liga. Tem uma infra-estrutura, tem de lhe dar uso e será rentável se tiver uma equipa competitiva, que consiga ser a mola de projecção desta região. É para isto que trabalhamos.
Já percebeu que a relação que a região tem com a União de Leiria é radicalmente diferente daquilo que acontece em Guimarães?
Como é lógico. A nossa estratégia nunca poderia ser pensar que podíamos replicar em Leiria o que existe em Guimarães. Não vou delinear uma estratégia como se todos os leirienses fossem unionistas desde pequeninos nem poderemos direccionar qualquer tipo de campanha nesse sentido, porque seria um flop. O que tenho de lhes pedir é que sintam orgulho do clube que representa a sua cidade. E aquelas pessoas que são do Benfica, do Sporting e do FC Porto queiram que esse clube jogue no seu estádio, porque o estádio é dos leirienses e as pessoas devem sentir orgulho nisso. Depois, os pais vão trazer os filhos. E esses filhos, a seguir, é que poderemos ter a esperança de que sejam unionistas de corpo inteiro. Temos de ser realistas, ninguém muda de clube aos 35 ou 40 anos.
Como vê o usufruto do Estádio Municipal?
Vejo muito bem. Estou aqui há cinco meses e acho que é excelente. Tenho de confessar que até a mim me surpreendeu as condições que tem, o bom estado em que está. O Município tem cuidado bem do estádio e agora é preciso ter gente para lhe dar uso. O senhor presidente da Câmara fez um esforço para trazer a final four da Taça da Liga por mais três anos, naquele mês Leiria consegue estar no mapa. Agora temos de fazer o nosso trabalho e, quem sabe, nos últimos anos não estaremos nós a disputar a final four na cidade.
Faz sentido a Câmara de Leiria colocar-se como arrendatária e não como parceira?
Não olho para a Câmara como arrendatária. Tenho a certeza que a Câmara tem de ser e vai ser o nosso principal parceiro.
Mas o valor que pagam pela utilização do estádio é muito elevado.
Repare: o que é elevado e não é elevado tem de ser discutido entre as duas instituições. Mas há uma coisa de que tenho a certeza absoluta. São dois, os dois pilares da nossa entrada no negocio do futebol em Leiria. Sem o clube como parceiro de caminhada e sem a Câmara Municipal esqueçam, nunca estaríamos cá. Não faz sentido existir esta coisa da SAD sem estar no clube. Nas bancadas ninguém chama SAD. As pessoas gritam, sofrem e têm orgulho é na camisola da União de Leiria. A SAD é um artifício legal que o Governo fez, e muito bem, porque normaliza o que é negócio, faz com que consigamos discutir campeonatos. Mas sem clubes não existem SAD e o inverso existe. No passado as coisas não correram bem, mas, no futuro, pode ter a certeza absoluta, os principais pilares do nosso sucesso serão o clube e a câmara. Tenho uma excelente relação com o Nuno Cardoso, presidente do clube, também com o Pedro Jácome e o Diogo Neto, inclusive o Pedro Jácome é um dos administradores da SAD.
E com a Câmara?
É óptima. Olho para a Câmara como o meu principal parceiro externo, mas o projecto seguinte não será só com a Câmara Municipal de Leiria. Quero que os outros também se revejam em nós. Esta consequência que poderão alguns percepcionar de que o crescimento da União de Leiria terá como consequência o enfraquecimento ou até o desaparecimento dos nossos adversários dos concelhos vizinhos e até do próprio concelho é um engano. Seria um erro, porque devemos fomentar o inverso. Não se pode secar tudo em volta. Vamos trabalhar para que a União de Leiria seja a principal referência desta região a nível de futebol e chamar para nós e dar o apoio a todas essas colectividades.
Leiria tem o estádio, mas a falta de infra-estruturas no clube e no concelho não o inquieta?
Claro que inquieta e as pessoas sabem disso. Inquieta-me ter de treinar noutra terra que não Leiria e cria custos elevadíssimos. Bem sei que tendo uma infra-estrutura, a manutenção da mesma tem custos, mas dá-nos outro tipo de potencial. Vamos trabalhar em conjunto para que no futuro muito próximo ela seja uma realidade. Temos de perceber que a formação, e trabalhei lá 20 anos, é a base de tudo. Quando começa uma geração, são 20, 30 ou 40, mas o gestor sabe que se chegarem dois ou três ao topo, que é a primeira equipa, já é muito positivo. Pelo caminho vão ser largados muitos e temos de saber comunicar com os pais, que aqueles que vão caindo nessa escalada têm os clubes aqui à volta que os podem absorver, porque o erro anda de mão dada com quem acerta. Vamos tentando minorar o erro por patamar, por aquele que é dispensado aos 10 ou 11 anos pode aparecer aos 15 ou 16 num clube qualquer e a União de Leiria terá de ir buscá-lo outra vez. Por isso ser tão importante alimentarmos e até incentivarmos que os clubes aqui à volta tenham infra-estruturas e sejam fortes. Alimentemos essa rivalidade que, desde que saudável, faz parte do crescimento. Agora, tenho de puxar a brasa à minha sardinha: todos os miúdos dos concelhos à volta de Leiria têm de querer jogar na União.
Para haver mais qualidade terão de ser criadas as tais infra-estruturas. O que pode ser feito?
É uma grande pecha. Não faz sentido não termos uma verdadeira academia e vamos todos, em conjunto – SAD, clube e Município – fazer com que seja uma realidade muito em breve. É a fábrica para produzirmos o material e se não dermos condições teremos muita dificuldade em fixar os atletas, mas, essencialmente, temos de potenciar todo o talento que têm. Sem essas condições mínimas não será possível.
Qual é a área de abrangência que acha que a União de Leiria deve ter?
O distrito é inquestionável. Depois, o futebol é global, mas não posso perder jogadores da formação para o Tondela, para a Académica e para o Chaves. Inicialmente, nas primeiras conversas que tive com o clube, a SAD iria ficar com o futebol profissional, com os sub-19 e os sub-17, mas os projectos não se replicam. Com o know-how que temos devemos adaptar-nos ao contexto. Não faz sentido e não teríamos sucesso se separássemos os sub-17 e os sub-19 do clube. Por isso, a formação ficará no clube, sempre, e nós ficaremos com o futebol profissional, e depois teremos de nos entender. Existe a marca Leiria e não faz sentido absolutamente nenhum existirem duas personalidades a atacar o mercado comercial, duas imagens, dois departamentos de comunicação e até duas redes sociais, uma da SAD e uma do clube, o que era uma aberração. Tem de ser tudo unificado, porque o objectivo de um tem de ser o do outro. Existem dois números de contribuinte, mas objectivamente só existe uma União de Leiria. Na formação, os miúdos têm de perceber que existe no horizonte a possibilidade de chegar ao topo da pirâmide, que é jogar num clube profissional, na 1.ª Liga. Se houver essa vontade e existir abertura para ser uma realidade, vão querer manter-se cá. A não ser que se trate de um fenómeno e aí não há hipótese.
Então só admite perder jogadores da formação para os três grandes?
Nem para esses. Não admito perder para ninguém. Vivo na realidade, mas nunca posso transmitir uma mentalidade perdedora. Agora, negociar é outra coisa. Mas para negociar preciso de ter força, que me é dada por quem está atrás de mim. Tenho de ter soldados e isso começa pelo clube, pelas instituições da terra, pelo tecido empresarial, por esta indústria que lidera em diversos sectores. Podem perguntar: então mas como é que tu, que não és de Leiria, estás com essa vontade toda? Poderá estar no meu ADN, porque de onde sou, sou de lá. Os leirienses também têm de sentir esse orgulho. Às tantas, o passado não deu bons exemplos, mas não vamos arranjar desculpas. Quem está para trás pode ter cometido erros, mas quem não os comete? Também fizeram coisas coisas. [LER_MAIS]
Amor pelo futebol e orgulho bairrista
Apesar de ter sido jogador de voleibol, Armando Marques sempre partilhou o amor incomensurável pelo futebol que existe no concelho de Guimarães. Um entusiasmo tal que até faz vozes maledicentes dizerem que, lá, o público grita sempre golo, mesmo quando se trata de um cesto no basquetebol ou de um ponto no voleibol. O presidente da SAD da União de Leiria nasceu há 50 anos “numa freguesia que muitos apelidam de Faixa de Gaza” por fazer fronteira com o rival concelho de Braga. Com uma “forte tradição no associativismo” por influência do pai, que perdeu “muito cedo fisicamente”, esteve uma década como dirigente do Clube Caçadores das Taipas. Até que, em 2002, foi convidado por Pimenta Machado para ser o responsável directivo pelo sector da formação vitoriana. Ficou no clube até 2019, então como vice-presidente para o futebol profissional e administrador da SAD, já com Júlio Mendes como presidente. E quando, no final de 2019, Alexander Tolstikov admitiu a este semanário que o projecto que tinha para a SAD da União de Leiria não teria “um final feliz”, a viabilidade do futebol profissional na cidade ficou em suspenso e a salvação chegou de uns largos quilómetros a Norte. Já depois de estudarem de forma pormenorizada a situação, inclusive o valor da dívida que tiveram de assumir, este par de empresários e antigos dirigentes do Vitória de Guimarães acreditaram que podiam levar a região de volta à 1.ª Liga de futebol. Em Leiria, Armando Marques pegou no leme e começou a fazer o plantel já em Setembro, a três dias de começar o Campeonato de Portugal, mas os resultados têm sido convincentes. A equipa está muito perto de garantir o primeiro posto da série E, que assegura um lugar na 3.ª Liga e permite disputar a promoção à 2.ª Liga. Chegar ao topo do futebol português é o objectivo, mas a distância da família “não é fácil” de suportar. No entanto, esta aventura é “aceite e apoiada” pela esposa, pela filha de 20 anos e pelo filho de 16. Após os jogos, costuma partir para Guimarães para passar algum tempo com eles. O melhor de tudo é que por vezes, com as aulas presenciais interrompidas, os descendentes têm aproveitado para fazer companhia ao pai em Leiria. E sabe tão bem…
“O espaço que deve ser da União somos nós que o vamos ocupar”
Do que se lembra da União de Leiria do tempo em que era dirigente do Vitória de Guimarães?
O senhor João Bartolomeu é uma figura incontornável, que era conhecida no mundo do futebol. Recordo-me que passei bons, mas também maus momentos, em Leiria, como adversário. Sinto que o historial da União de Leiria deixou de ter sequência. Há quem diga que uns foram presos, outros faliram, mas nem sabia que a primeira SAD tinha falido. Temos de ter a perspectiva fora da caixa, olhar para as coisas e projectá-las no horizonte. Sei que uma das referências era o Vítor Oliveira, uma pessoa que admirava, toda a gente sabe que o Mourinho passou por cá, que o Jorge Jesus passou por cá, toda a gente sabe a qualidade dos jogadores que a União de Leiria teve.
E é replicável?
Claro que é replicável! As pessoas têm de perceber o poder histórico que a União de Leiria tem. Os leirienses e os unionistas não podem estar preocupados com quem veio. Quem está fora é que deve estar preocupado, porque vamos ocupar o espaço de alguém, podem ter a certeza absoluta. O espaço que deve ser da União de Leiria somos nós que o vamos ocupar. Podem acreditar, porque será uma realidade.
E já se imagina a golear o Vitória de Guimarães no Estádio Municipal?
Com o maior respeito que tenho pelos unionistas e por Leiria, nunca serei unionista desde pequenino. Toda a gente sabe o meu passado e o meu clube do coração. Agora, no dia em que disputar um jogo com o meu clube do coração, claro que tenho de ter a honestidade intelectual de o querer ganhar. Irei respeitá-lo, como se fosse qualquer adversário. E nunca me vangloriarei de ter goleado qualquer adversário, muito menos o Vitória. Agora, não gosto de perder, entro sempre para ganhar.
Como foi recebido em Leiria?
Muito bem, mas as pessoas ainda não me conhecem. Primeiro, por causa do confinamento. Depois, porque não posso sair muito porque temos uma casa para arrumar e estruturar. No futebol, que não é diferente das empresas, as equipas, os treinadores e os bons jogadores ganham jogos, mas quem ganha campeonatos são as estruturas. Era muito fácil pegar em pessoas e trazê-las de outro ponto do País, mas primeiro queremos recuperar o que de bom a SAD tinha. Tentamos criar uma estrutura de gente geograficamente próxima de Leiria para que exista continuidade. Aquela ideia de que quando alguém entra para liderar muda tudo, no futebol é terrível. Primeiro que depois se engate, os outros não param e somos atropelados.
Que estrutura será necessária?
Profissional, capaz de estar no topo do futebol e que ainda tem de ser criada. Até pode ser uma vantagem nesta fase, pois podemos escolher, experimentar e vamos subindo conforme a escala desportiva. Já o estamos a fazer no plantel. Somos o principal candidato a ficar no primeiro lugar da série e começámos a fazer equipa três dias antes de o campeonato começar. Temos uma série de jogadores, como o Fábio, o Pedro, o Denis, o Zé Miguel, o Afonso, o Leandro, o Renato, mais o Bryan, o Luisinho e o Ferrari, tudo jogadores oriundos da nossa formação. Isso não é um acaso, porque jogadores não faltam. Era a menor das minhas preocupações antes mesmo de cá ter entrado. Muita gente andava com uma comichão que nem queira saber, que me ligava desesperada.
Na 1.ª Liga é possível continuar a ter uma base de jogadores da terra?
Claro que é, mas temos de fazer o trabalho a montante. Vamos ser pragmáticos: um atleta não tem um estatuto diferente se for de Leiria ou da formação. Para que seja transmitido um determinado ADN que queremos construir é essencial que haja os Renatos, os Denis, os Leandros e os Fábios. Mas estão cá porque têm qualidade para subirem à 2.ª liga, não é por serem de Leiria. É esse o maior respeito que tenho de ter pelo profissional. E tenho de ter também pela formação, dizer ao clube que trabalharam bem e dar sequência. Mas as palavras também têm de ser duras se não houver qualidade e teremos de mudar atrás para produzir melhor à frente.
A equipa lidera a série E do Campeonato de Portugal e está perto de garantir um lugar na 3.ª Liga da próxima temporada. Se falhar a subida à 2.ª Liga no playoff, considera a 3.ª Liga como um mal menor?
Vamos disputar a 2.ª Liga para o ano e espero não ser o único a acreditar. Se me perguntar se tenho a certeza absoluta, isso não existe. Uma coisa sei: dentro de portas, o indivíduo que não acreditar está despedido no dia seguinte.
Estipulou algum limite temporal para chegar à 1.ª Liga?
É no ano seguinte. No ano seguinte queremos estar a disputar a 1.ª Liga.