‘Best’, que em português significa melhor, é o nome que traduz a aposta no desporto onde a natação, o ciclismo e a corrida são a desculpa perfeita para competições acompanhadas de tardes de convívio, diversão e até encontros familiares.
A história começou a escrever-se oficialmente apenas no início deste ano, mas já conta com 60 atletas filiados na federação, dos seis aos 60 anos, entre os quais se encontram amigos, primos e até pais e filhos.
O Manuel, de 7 anos, é uma das crianças federadas que “gosta muito de jogar de futebol mas acabou por se apaixonar pelo triatlo” e agora até treina com os pais, Noélia Sousa e Licínio Florêncio, de 43 e 44 anos.
“Decidimos dar-lhe uma experiência diferente, mais completa, e agora nós também treinamos com ele”, conta entre risos, o pai que também se deixou conquistar depois de acompanhar o filho nas primeiras provas.
“Começámos a criar um grupo de amizade, na última prova até arranjámos um autocarro, há pais que levam tendas, malas térmicas, petiscos e fazemos sempre um convívio depois das provas de competição”, partilha, assumindo visivelmente contente que “isto é o melhor dos dois mundos porque se incutem hábitos de desporto nos filhos e há muito convívio”. E mesmo alguns dos mais difíceis de convencer para os treinos, acrescenta, “juntam-se para fazer caminhadas e corridas enquanto os filhos estão a treinar”.[LER_MAIS]
“Costumamos dizer que isto é mesmo do best”, atira, depois da aula de natação no final do dia de segunda-feira.
A Batalha Escola Triatlo (Best) era um sonho antigo para Nuno Silva que apenas esperava o momento certo para correr, pedalar e nadar por ele. Depois de uma tentativa de treinos num clube ligado ao futebol, o professor de educação física, de 43 anos e natural da Batalha, juntou triatletas e amigos e meteu o sonho em prática com uma associação específica para a modalidade.
“Todas as semanas vão chegando novos atletas, há sempre um primo ou um irmão que vem experimentar e acaba por ficar”, conta de sorriso rasgado, sobre a associação que em pouco mais de dois meses “já junta gerações e famílias no triatlo”.
As modalidades “permitem que haja um leque alargado de opções e, principalmente os miúdos, acabam por não se fartar de fazer desporto porque num dia estão a nadar, depois estão a correr e noutro já estão a pedalar”, explica, sublinhando que “são tudo aprendizagens que vão um bocadinho para além da vertente competitiva (…) são ferramentas que vão servir para a vida futura”.
Os treinos estendem-se pela semana e percorrem as piscinas municipais, o pavilhão da escola do concelho e os trilhos e campos da vila, com o principal objectivo de “dinamizar o triatlo e suas vertentes, o duatlo e aquatlo, e ainda o ensino da prática de BTT [bicicleta de todo o terreno]”.