No distrito de Leiria, de 2014 para 2016 houve um aumento de 52,3% do número de embalagens de medicamentos contendo vitamina D dispensadas no mercado do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Uma percentagem que acompanha a subida registada a nível nacional, durante o mesmo período, que ronda os 56,7%.
Os dados recolhidos pelo Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, evidenciam que, em apenas um ano, os portugueses gastaram 5,7 milhões de euros em medicamentos de vitamina D, dos quais 2,1 milhões comparticipados pelo estado.
Alertados por estes valores, o Infarmed, a Direcção-Geral de Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) vão avançar com uma investigação para “averiguar as razões que justificam este aumento anormal da utilização de medicamentos contendo vitamina D”. Os valores divulgados, por si só, “não permitem concluir que há um sobretratamento do défice” desta vitamina, frisa um comunicado do Infarmed.
Segundo essa nota de imprensa, a investigação irá analisar as “metodologias utilizadas na determinação dos níveis sanguíneos de vitamina D, a racionalidade clínica na prescrição de medicamentos com vitamina D e as práticas promocionais daqueles medicamentos por parte das empresas farmacêuticas”.
O sol é a principal fonte de vitamina D. Dores musculares ou cansaço podem ser alguns dos sintomas do défice daquela vitamina, explica David Tonelo, médico de medicina geral e familiar.
“Este défice é também um factor de risco para doenças como depressão, diabetes ou osteoporose.” Segundo David Tonelo, “pessoas acamadas ou institucionalizadas”, por exemplo, são aquelas em que a “suplementação poderá estar indicada” por não ser possível “uma exposição solar adequada”.
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