A agenda mobilizadora liderada pela Void, tecnológica de Leiria, foi repescada, permitindo avançar com o projecto BlockChain PT. Descentralizar Portugal com tecnologia blockchain, avaliado em mais de 72 milhões de euros e que integrava inicialmente 56 empresas.
Tem como fim a criação de uma fileira nacional de blockchain, de um motor de inovação e criar oportunidades de negócio globais, produzindo 26 produtos de elevado potencial de exportação e escalabilidade, estando ainda previstas 84 publicações técnico-científicas em co-autoria entre empresas e entidades não empresariais do sistema de investigação industrial ou de desenvolvimento experimental (Enesii).
Além da descentralização da tecnologia e descentralização fora de Lisboa, pretende-se colocar Portugal entre os líderes europeus em blockchain, ajudando o País a ser mais digital, verde e resiliente.
Apesar de ter sido um dos 13 projectos que não tinham sido escolhidos para receber apoios, foi solicitado um pedido de reapreciação, após o consórcio ter verificado que estava apenas a 0,25 pontos abaixo dos quatro necessários para usufruir dos apoios do IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação.
Após a reavaliação dos critérios, a agência informou os parceiros na agenda mobilizadora que poderiam dar início ao projecto negocial.
Segundo o responsável pelo desenvolvimento de negócio da Void, o consórcio integra empresas particulares, startups, grandes empresas como a Sonae ou o Grupo Lusíadas e outras entidades como o Politécnico de Leiria ou a Universidade de Aveiro.
Duas das entidades acabaram por sair com o prolongar do processo, alocando o investimento noutras áreas. A somar a isto, o IAPMEI fez um corte transversal na percentagem do apoio concedido.
“Agora estamos a rever, tendo em conta os cortes propostos pelo IAPMEI, e a saída dos parceiros Digidelta e Prológica”, adianta João Mota.
O empresário explica ainda que o projecto, submetido já em Dezembro de 2021, conta com seis “workpages”, ou áreas de actuação, diferentes em temas como a agricultura, saúde e bem-estar, desporto ou ambiente.
Ainda sem ter sido feita a assinatura do normal protocolo com o IAPMEI, as empresas já deram início ao investimento, uma vez que, até 31 de Dezembro de 2025, todos os aspectos previstos neste projecto da agenda mobilizadora têm de estar concluídos.