Babanco, médio da União de Leiria, pendurou as chuteiras aos 38 anos, depois de ter sofrido uma hemorragia subaracnoidea, em Março, e de ter tido uma longa recuperação a uma cirurgia aos ligamentos cruzados de um joelho.
Na sua página de instagram, Babanco adianta que “analisado o relatório médico, decide antecipar o que estava prestes a acontecer: chegou a hora de pendurar as chuteiras”.
“Termina o sonho de um menino que cresceu numa zona com poucas oportunidades para os jovens e mesmo assim nunca desistiu, sempre soube dar volta às situações difíceis e crescer com os seus erros”, escreveu o médio cabo-verdiano, que agradece a Deus o privilégio que teve em poder ter sido futebolista.
“Obrigado por me capacitares e dares-me forças para ultrapassar todos os obstáculos. Obrigado pelo privilégio de realizar o meu maior sonho de criança, ser jogador profissional de futebol, vestir a camisola do meu país (Cabo Verde) e ser o exemplo para os mais jovens”, salienta o jogador.
Babanco agradece ainda a “oportunidade” de ter vestido a camisola da seleção A durante muitos anos. “Obrigado pelas pessoas fantásticas que colocaste no meu caminho: treinadores, colegas, amigos, fãs, presidentes, etc. Aprendi muito com cada um de vocês. Vocês e os clubes que representei foram muito importantes na minha adaptação e na minha formação”, acrescentou.
Na hora da despedida, Babanco não esquece a mulher, que também foi a base do seu sucesso: “Sucesso, sim, porque ficou um sentimento de dever cumprido.”
O jogador aconselha ainda a não “matar os nossos sonhos na primeira dificuldade”.
Num vídeo publicado no instagram da União de Leiria e na sua página, Babanco despede-se da equipa da União de Leiria, dizendo aos seus colegas para aproveitarem o momento, porque passa rápido e o dia seguinte é desconhecido. “Falo isso, porque foi o que se passou comigo. Levantei bem para vir treinar e no dia seguinte já não conseguia fazer nada. Vamos aproveitar a família e o que gostamos de fazer”, aconselhou.